segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Talvez não chegarás a tempo

Talvez não chegarás a tempo. Porque o meu tempo é muito diferente do teu, tão diferente. Talvez não chegarás a tempo de me ver sorrir todos os dias, de saberes como sou ao acordar, de me veres despenteada e com a preguiça de domingo. Talvez não chegarás a tempo de discutir comigo, de fazer as pazes, de brindar os meus sucessos. Talvez não chegarás a tempo, porque o meu tempo não será nunca o teu. Não te importes. Alguém chegará antes de ti.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Em modo despedida de 2012... mais do mesmo

Por alturas do mês de Dezembro costumo ter sempre uma previsão, uma ideia de como será o próximo ano.
Mais por desejo do que por convicção, é certo. A mudança de ano não vai mudar absolutamente nada. Sei que depois de amanhã os meus problemas, as minhas questões as minhas aspirações vão ser exactamente as mesmas, mas um novo ano traz sempre novas possibilidades e é por isso que eu gosto dele. Pela página em branco, pelo livro por ler, pelo desconhecido.
Então, a dois dias de 2013 só quero reconhecer-me novamente. Acreditar novamente. Fazer mais e melhor. Deixar para trás um caminho que não é meu. Ser mais solidária. Rir mais, tão mais. Viajar mais. Sair de mim, olhar para mim, ter saudades minhas e voltar para mim de novo. E isso basta-me.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Ai, fim d'ano, fim d'ano

Faltam três dias para 2013. E estou desejosa de ver este ano pelas costas. Mas para 2013 não há cá planos, não há cá traçar objectivos nem metas nem o caraças. É deixar fluir, ver no que dá.
Os únicos planos que tenho em mente são apenas possibilidades. Mas fico contente que elas existam. Raramente os meus planos foram concretizados. A minha vida tem sido mais uma sucessão de planos B. Agora deixei-me de planos e optei pelas possibilidades.
Não temo por aí além o próximo ano. Já lhe antecederam o 2011 e 2012 e eu sobrevivi.
Para 2013 só quero paz, serenidade e sabedoria para saber decidir.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Qu' isto já passou

Já cá não venho escrever nada há muito tempo. Deve ter sido o mês mais pobre na minha escrita, mas confesso que nem dei por este mês passar por mim.
Não vim aqui postar fotos de natal nem boas festas nem nada porque sinceramente, e para quem me conhece, esta fase para mim só é boa porque dura pouco. Não gosto do Natal. Ponto.
Portanto, agora que já acabou já me posso dedicar a escrevinhar qualquer coisa, embora não tenha nada ou quase nada para dizer. Resta-me deixar aqui a mensagem que sobrevivi a mais um natal, a shoppings a abarrotar de gente, a campanhas natalícias e de solidariedade, a enfeites e renas, a presépios e luzes, etc etc etc.
I'm back! ;)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Se tiveres saudades, mata-as

Se tiveres saudades, mata-as. Mas mata-as de uma morte inevitável. Mata-as sem me procurares, sem quereres saber. Mata-as no sentido de as fazeres desaparecer para que não voltem, para que não ressuscitem. Mata-as para que não as possas associar nunca mais a mim. Porque é triste que afinal, no fim do caminho, a única coisa que tenha sobrado, são mesmo as saudades.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Desde quando deixámos de nos preocupar?

Não sei desde quando nos deixámos de preocupar ou se alguma vez nos preocupámos francamente com alguma coisa. Não creio.
Vivemos com pressa de viver. Vê-se no trânsito, vê-se na fila do supermercado, vê-se na agonia que transportamos quando corremos para algum lado, nem sabemos bem para onde. Porque aquilo que passou a interessar a cada um de nós é o caminho que teremos que percorrer. O resto, tudo o resto são pormenores.
As dores dos outros serão sempre deles, e será talvez a única coisa que não cobiçamos. A fome dos outros,      as insónias dos outros, as lágrimas dos outros, são deles mesmos. A nós não nos toca porque para nós as nossas dores serão sempre maiores.
E eis que, andando sempre tão entretidos com os seus planos, com as suas coisas, com o seu umbigo, esquecem-se de se preocupar com os outros, porque estes já não interessam.
Mais que esta evidência custa-me a apatia. Sempre me custou a resignação dos factos, esse optimismo mascarado com que se encara tudo para não ter que se encarar nada. Dói-me na alma e no resto do corpo.
E gabo, gabo muito a arrogância de quem fala sem saber, de quem argumenta sem sentir, de quem crítica sem padecer.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Não se nasce para errar

Não sei onde li, onde ouvi, ou sequer com quem falei, mas tenho feito um esforço para me lembrar da conversa e do contexto, onde se dizia que nós não somos feitos para errar. Que quem diz que errar é humano está muito bem enganado. Nós somos feitos para a acertar, uma, duas e outra vez. O erro é inesperado, não contávamos com ele, mas existe certamente para que não voltemos a errar.
Se há coisa todos têm e deveriam fazer uso, é de um pedaço de massa cinzenta que serve para pensar e raciocinar. Ora, se o usarmos com frequência, a nossa probabilidade de erro diminui.
Não sempre, mas muitas vezes.

Zapping

Sou viciada em fazer zapping, tanto na tv como na rádio. Até no silêncio faço zapping.
Só posso concluir que muito raramente estou bem onde estou.

Tardes livres

Hoje tenho a tarde livre, coisa rara desde há muito tempo. Tinha planeado ir às compras de Natal, as poucas que vou comprar este ano. Entretanto tenho o frigorífico estragado e o carro a arranjar. Pouco ou nenhum dinheiro para gastar. O técnico vai lá a casa ver o que se passa.Vou acabar por ficar em casa a fazer limpezas e a trabalhar.
Plano para quê? Saem sempre furados.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Aquela tristeza

Aquela tristeza que te acompanha dia após dia, mas que de vez em quando se afasta para que possas acreditar, pelo menos um bocadinho que és e podes ser feliz. Aquela tristeza que entra por ti e dás contigo a abrir muito os olhos só para que as lágrimas nem coragem tenham de sair, mas sabes que vão sair. Aquela tristeza que  te invade e te transporta para aqueles sítios que já não eram teus. Aquela tristeza, que não pede licença, nem bate de mansinho, porque isso é para fraquinhos e tu sabes que és forte para aguentares com ela. Aquela tristeza que te faz perder o sentido das coisas e te faz acreditar que faças o que fizeres, tudo será em vão porque ela será sempre, na maioria das tuas sombras, a tua maior companheira. Aquela que nunca te vai desiludir, porque te presenteia sempre com aquilo que de pior tem.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Tanto na vida como nos livros: o ónus da questão das relações falhadas

Diz que o próximo sucesso depois das sombras da Grey é um livro cujo título desconheço e que nem parido está, mas cujo objectivo é relatar as histórias de amor e desamor dos comuns mortais. Coisa inovadora, está claro. Quem quiser  escrever a sua história pode fazê-lo desde que faça chorar as pedras da calçada, mas tem que acabar bem para esperançar os corações despedaçados que por aí andam de que ainda podem encontrar as suas caras metade.

Como bónus por esta maravilhosa participação serão ainda tecidos conselhos sobre o que correu mal e que poderia correr melhor. É de aproveitar esta super promoção de aconselhamento técnico. Aliás para quem não tenha nem meio palmo de testa e ainda hoje se interrogue porque é que aquela relação de há 20 anos deu errada pode sempre descobrir agora. Quiçá, depois desta revelação possa voltar a  ter a felicidade que tanto auspiciou.

Eu já ando cá preocupada e já fiz um rascunho, e tenho já em lista umas quantas questões que acabarão inevitavelmente em: serei normal?

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Com um pé em 2012 e outro em 2013

Amanhã já é o último dia de Novembro e depois chega Dezembro e Dezembro passa a correr (graças a Deus e aos santinhos que sabem o quanto gosto desta altura do ano)  e está quase aí o 2013, pronto a estrear.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

De outra maneira

As pessoas vão embora porque não aguentam mais, porque não sabem viver de outra maneira. A ausência delas custa porque ainda em nós existe a presença delas, mas elas vão embora porque não sabem viver de outra maneira. E mais ninguém entende isso senão elas, porque elas não sabem viver de outra maneira. Porque se acharam de mais ou de menos, porque acham que é o melhor e porque elas não sabem viver de outra maneira.

E nós que também vivemos à nossa maneira porque não sabemos viver de outra maneira não entendemos que elas não saibam viver como nós.

Descobri isto há pouco tempo, quando finalmente percebi a ausência de uma amiga. Do porquê desta ausência. E por mais que a ausência me doa, certamente que doerá muito mais a ela. E a ausência dela só existe porque, de facto, ela não sabe viver de outra maneira. E eu aceito e espero. Com um abraço. E basta.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Quando, sucessivamente me levanto às 6,30 para sair de casa às 7,30 e chegar bem depois das 20. Quando, no tempo que tenho livre só me apetece dormir porque só assim descanso e não penso. Quando as horas de trabalho me fazem esquecer que estamos quase a entrar em 2013. Quando não passo tempo de qualidade com pessoas importantes. Quando isto acontece só me focalizo nos objectivos para o ano que vem e que este é o caminho para concretizá-los.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Inquisição, volta!

Isto da liberdade de expressão tem muito que se lhe diga. Eu sei que todos têm o direito de dizer e escrever o que bem lhes apetece, mas há gente que diz coisas tão parvinhas. E depois dizem coisas tão parvinhas tão cheias de convicção que chega a doer. E depois há pessoas ainda mais parvinhas que aplaudem de pé aquilo que as pessoas parvinhas dizem ou escrevem.

Inquisição, volta, estás perdoada.

domingo, 25 de novembro de 2012

Obrigada por existirem

Às vezes a minha existência torna-se mais colorida só e apenas porque me lembro que existem certas pessoas. A existência delas faz-me sorrir, mesmo que não sejam os frequentadores cá de casa nem o número 1 da minha lista do telefone. Mas são aquelas pessoas com quem uma dia, por coisa nenhuma, falamos da nossa vida, de coisas que nem ousamos falar com gente que trata connosco há anos, e que nos diz, sem nós sequer sabermos, que também já estiveram nesse sítio e que te explicam que o que tu pensas não é estúpido e ainda te dizem como tens que sair.
De facto, aprendi mais sobre as pessoas em dois anos que durante a minha vida toda. Aprendi que antiguidade nunca será um posto. Aprendi que haverá sempre mais e mais espaço. Aprendi que porque fez sentido um dia não signifique que continuará a fazer. Aprendi que valemos por aquilo que somos e que não tememos ser, ainda que nos tivessem querido mudar.
Às vezes, as pessoas nem sabem o bem que nos fazem.

Página em branco

Começo a despedir-me deste ano com a leveza que ele merece. Começo a despedir-me cedo porque anseio pelo próximo. Não por convicção, mas por esperança. Pela esperança da página em branco.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Ou isto ou aquilo.

Ou Isto ou Aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.


Gosto deste poema da Cecília Meirelles. Eu sei que é para piquenos, mas os dilemas d'isto ou d'aquilo andam connosco a vida toda.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Entendeu?

Mau feitio não é personalidade forte. É só isso, mau feitio.
Dizer o que se pensa não é sinceridade, é má educação.
Repetir muito que somos uma coisa, serve para nos convencer mais a nós próprios que aos outros. E geralmente é mentira. Só se gabam virtudes. Ninguém passa a vida a repetir para o mundo inteiro que é muito estúpido.
Somos muito mais genuínos quando não temos nada a perder. Se tivermos que pagar contas cagamos para a genuinidade.
Cobramos aos outros aquilo que nem sempre conseguimos ser, mas vendo melhor, nós temos sempre desculpa.
Antiguidade não é um posto, mas é um modo da incompetência perdurar por muito mais tempo.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

...

Às vezes dou por mim a ver toda a gente a ir embora e pergunto-me, não raras vezes, se a minha felicidade não estará algures, noutro sítio qualquer. O que é certo é que vejo as pessoas mais queridas a saírem do país e tenho-me muitas vezes à espera de um telefonema que chega a milhares de quilómetros daqui para poder partilhar as minhas coisas. E gostava mesmo muito de às vezes poder partilhar estas coisas com um beijo e um abraço e cada vez mais isso me é impossível. E sei que à falta destas pessoas surgem sempre outras, que a vida é como um corpo humano, assim que uma veia se impossibilita, o sangue circula por outras veias. Sei disso tudo, mas também sei que a distância não vai permitir aquela partilha sentida das maiores emoções e isso custa-me e é quando me custa que me dá vontade de partir de malas aviadas para um qualquer sítio e sei lá...

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Não acredito nelas, mas lá que as há, há...

Nova kampanja vjenčanica Envy Rooma!


O que era suposto acontecer:
Saí cedo do trabalho hoje. Pouco antes das 5 já estava a caminho e tinha tudo planeado: ir ao supermercado, chegar a casa, fazer scones, ler um bocado, e preparar trabalho para amanhã que hoje nem é muito. Simples, coisas simples.

O que aconteceu:
Saí cedo do trabalho. Pouco antes das 5 já estava a caminho do supermercado. Telefona-me um amigo a pedir um favor: para lhe ir buscar uma encomenda a um sítio perto de minha casa. Vou. Trato de tudo. Vou ao supermercado. Estou a sair do carro e dou de caras com uma senhora velha a meio metro de mim. Assusto-me porque não estava a contar. Diz ela: não se assuste cara linda não lhe vou fazer mal. Tudo bem, digo eu, precisa de alguma coisa? Não, diz ela, vinha aqui dizer-lhe que gostava de lhe ver a mão porque não tem tido muita sorte na vida sabe? E tem, há muito tempo uma pessoa com muita inveja que lhe traz essa má sorte. A menina está carregada de inveja. Posso dizer-lhe quem é? Não! Nem quero saber, digo-lhe eu já meio borrada pelas pernas abaixo a visualizar toda a gente à minha frente. Ela diz: tudo bem e vai à vida dela.

Fui ao supermercado com as pernas a tremer e pergunto ao segurança que estava a ver se ela diz isto a todas as pessoas. Não sei, diz ele, é a primeira vez que a vejo aqui.
Lá fui a pensar nisso o tempo todo, trouxe metade das coisas que precisava. Saí novamente, andei às voltas de carro. Lembrei-me que afinal não trouxe tudo. Voltei lá. Cheguei a casa às 7, já não fiz quase nada do que queria, mas ainda pus roupa a lavar e o jantar a fazer e cheira bem e tudo.

Não quero voltar a pensar no que a mulher me disse, mas já vou ali mudar o sal ao meu saco na entrada e benzer-me e acreditar (que acredito mesmo) que na minha vida não há nada para invejar, mas mesmo nada.
Pelo sim pelo não vou mas é fechar a matraca mais do que tenho feito até aqui.

Tenho ditto.

É isto é #3


Acho que hoje quando chegar a casa me vou dedicar a fazer uns destes. ;))))

Boring!


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Às vezes só me apetece dizer isto. Há gente que consegue ser tão, mas tão entediante. A conversa é uma chachada, o tom de voz monocórdico. Falam das unhas de gel e do livro que não conseguem passar da primeira página com o mesmo entusiasmo. Falam sobre o quotidiano e as cusquices que vão sabendo, falam dos preços e das compras do mês. Falam das programas de TV e criticam-nos avidamente. Falam das coisas conjugais quando não as escondem para não parecer mal.
Quando apanho gente assim só me vem à cabeça: blá blá bla wiskas saquetas, blá blá blá...

domingo, 18 de novembro de 2012

Eu nunca diria melhor

Acabei de ler este artigo num blog que leio há algum tempo e nunca na vida diria melhor que esta senhora. Podia alongar-me aqui sobre esta questão, mas depois de ler o que li, já pouco me resta a dizer.
Desculpem-me qualquer coisinha se ainda vivo sozinha e se ainda não procriei e tão pouco me vesti de noiva. Desculpem-me se os meus problemas não passam por discussões conjugais nem tampos de sanita levantados. Desculpem-me se estou lixada com um problema pessoal e ainda assim durmo a noite inteira. Desculpem lá qualquer coisinha se não vos acompanhei num percurso de vida tão igual ao vosso. Um dia lá chegarei e talvez aí sim, seja uma gaja sensível.


sábado, 17 de novembro de 2012

É isto é

Tenho sonhos para cumprir e já vou atrasada. Licença, quero passar...

Frases feitas que espremidas são uma merda #2

Toda a gente sabe o quanto eu gosto de frases feitas, de clichés e de argumentos mais gastos que solas de sapato.
Pois bem, não satisfeita com as frases que já conheço, dei no outro dia com um site de clichés. Parece até que há um livro dedicado a clichés. Já me fartei de rir com o site que até divide os clichés em categorias, para que o utilizador possa usar e abusar nas mais diversas situações.
Vou aqui partilhar uma das categorias e à medida que for tendo paciência, vou publicando as outras categorias. A primeira categoria que aqui vou explorar é para quando alguém fez uma coisa realmente estúpida. Cá vão os tesourinhos:

I just followed my intuition:
Pois ao que parece essa coisa da intuição é o que é, uma intuição. Salvo as excepções em que nos tornamos videntes não vale a pena puxar pela intuição, sobretudo se ela já nos tramou muitas vezes.

It will be good for something:
Este é para os optimistas. Mesmo aqueles que já todos esfrangalhados continuam a ver o ponto positivo, onde às vezes ele já nem existe. É bom vermos o ponto positivo, mas às vezes há que reconhecer que fizemos uma grande merda.

I am looking for something, this is my way to find it:
Pois essa tua maneira não resulta ok? Não é bonito, não vale a pena. Já se sabe que cada um é como cada qual, mas não dá tabém? Faz ao modo de outra pessoa.

I always do things like this:
Lá diz o ditado, quem erra à primeira, quem erra à segunda, quem erra à terceira...

Nobody is perfect:
Mas há uns mais perfeitos que outros...

...but my intention was good:
De boas intenções está o inferno cheio. Num ééé??


Doing stupid things is my way of making my life interesting:
Ahahahhaha. Quanto mais coisas estúpidas eu faço, mas interessante eu sou! E esta, hein?

Everybody has the right to make mistakes:
Esta serve para aqueles que argumentam que errar é humanos, logo quanto mais eu errar, mas humano sou..

Tomorrow, no one will remember:
De todo! Amanhã, quando o sol nascer já ninguém se lembra que erraste, logo já ninguém se lembra que és humano!

It happens to the best:
E aos piores também... sucessivamente!

The devil made me do it:
Este é irmão daquele que argumenta que errar é humano, mas pôr a culpa nos outros é coisa de sábio. Há sempre alguém culpado, excepto o próprio. 


Usem e abusem destes tesourinhos. E façam coisas estúpidas à vontade ;)))

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Gosto #4

Da minha capacidade de fazer conversa de ocasião durante o tempo que for necessário, para não ter que tocar em qualquer assunto da minha vida. E resulta.

Amor a crédito, com plafond esgotado

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Não há nada, ultimamente, mais parecido ao músculo que guardo dentro do peito que um cartão de crédito. Usei e abusei do plafond. Fodi o crédito todo. Ainda pago os juros. Mas gastei tudo, tudinho. Não há mais nada para gastar e duvido que haja. O pior é que gastei o plafond todinho numa compra que não me serve para absolutamente nada.

Critica, mas pouco tabém?

Pasmo-me muitas vezes com a dificuldade que as pessoas têm de lidar com as críticas, mesmo com as menos construtivas. Não estou a falar de insultos nem de más educações gratuitas aos outros por que acho que a liberdade de expressão não se estende a verborreia estéril.
Mas não são assim tão raras as vezes que vejo que sempre que alguém critica alguma coisa é porque tem inveja, não tem vida própria, é estúpido e acéfalo, é inferior, tem complexos. No fundo é um esterco em forma de gente que ousa discordar ou criticar alguma coisa. Então a liberdade de expressão só se aplica a alguns? Ou só àqueles que concordam com tudo o que se diz?
Eu sou muito apologista de quem não fala não se entala e sou pouco a favor da crítica pela crítica, mas cansam-me estes argumentos que os outros são uma cambada de anormais só e apenas porque não concordam e, pasme-se, até dizem e escrevem o que pensam.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Amanhã logo se vê

Fritou-se-me o cérebro, congelou-se-me o coração. Não é de hoje. Vem acontecendo. Não faço puto de ideia como vou acordar amanhã. Se conseguir escrever um post será um bom sinal. Pelo menos que ainda reconheço o abecedário.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Dos dilemas da solteirice #3

Percebermos se quando nos convidam para jantar ou para um qualquer programa, estamos metidas num 'date' ou se é só um jantar porque sim.
Já me aconteceu estar a jantar muito bem com certa pessoa, as coisas corriam normalmente, sem grandes faíscas nem grandes aspirações, mas ok, à vista do que se encontra hoje em dia estava tudo bem e o restaurante era bom.
Saímos para um copo e eis que sentada num daqueles bancos do bar me começa a falar na namorada. Eu ia caindo para trás e ele pergunta se está tudo bem. E claro que sim, que está tudo bem, disfarcei o melhor que pude e claro que não há problema no facto de ele ser comprometido, afinal era só um jantar entre dois nem-chegámos-a-ser amigos.
Hoje só me dá para rir e quando esporadicamente o encontro percebo de imediato porque é que as coisas foram como foram. E sorrio e agradeço.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dos nomes que nos chamam

Há nomes que nos chamam que ficam na história d'agente. Quando me mudei para esta casa tive dias e dias a empacotar tudo, livros, roupa, acessórios, dvd's, enfim, tudo o que faz parte da minha vida. Tenho uma amiga que todos os dias me perguntava se os caixotes estavam cheios. Às tantas começou a apelidar-me de caixotinho. Perdura até hoje. Sempre que fala comigo pergunta: caixotinho tás aí? Saudades tuas caixotinho!
É a coisa mais parva que já me chamaram e também a mais carinhosa. Caixotinho é muito bom!

Who?

O que me preocupa mesmo não é quando me apetece gritar muito com alguém. O que me preocupa mesmo não é quando fico chateada por tudo e por nada. O que me preocupa mesmo não é quando acordo de manhã com uma cabeça de 20 quilos e tenho que ir trabalhar. O que me preocupa mesmo não é quando eu já não suporto ver uma pessoa à frente. O que me preocupa mesmo não é quando fico à espera da próxima canelada. O que me preocupa mesmo não é sentir-me angustiada com o que quer que seja. O que realmente me preocupa é quando tudo isso deixa de me interessar e esse tudo me é completa e totalmente indiferente. Sei que estou a atravessar um caminho sem volta. Isso é que me preocupa.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Opinião

Ler um mau blog ou ver um programa de TV muito ranhoso é como ver um filme de terror com as mãos à frente da cara e com os dedos entreabertos. Nós sabemos ao que vamos, fazemos um esforço para não ver, mas não conseguimos deixar de o fazer. Chega a ser bom de tão mau. E sobrepõe-se à vontade humana.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

And the winner is...

Podemos sofrer de amores, podemos ter a alma corroída,  podem chover canivetes, podemos ter um dia de cão no trabalho, podemos sentir as pernas tremer de cansaço, desde que no final do dia haja um abraço de amizade. E quando se escuta: ainda bem que existes tu, o dia fica ganho e sai vencedor.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O que fica por entender, fica por entender

Temo, às vezes, não conseguir dizer às pessoas tudo aquilo que eu acho que elas precisam de ouvir, ou melhor, tudo aquilo que eu necessitava de dizer. Não é que vá mudar alguma coisa, mas acho que desta forma ficaria entendido porque é que as coisas não voltam a ser como dantes. E que já não eram como dantes há muito tempo, mesmo antes de o 'antes' existir. E hoje entendo que não foi por causa de uma gota de água num copo vazio, mas foi uma gota de água num copo cheio. O problema é que eu nunca dei pelo copo encher, ignorei aquele som irritante da pinga a cair sobre a água. Um dia quando transbordou eu achei que a culpa toda tinha sido dessa maldita gota que, era tão grande, que fez o copo entornar. Com o tempo percebemos que o copo vinha enchendo e eu ignorando e que só à luz da distância consegui entender o que optara por não entender. Portanto onde não havia tempo nem espaço, agora há muito mais tempo e muito mais espaço, mas a uma distância considerável. E à luz desta distância haverá sempre espaço para uma conversa, longa até, mas onde já não se diz quase nada, pelo menos nada que me venha no coração.

Maria Nabiça, tudo o que vê, tudo cobiça

A vida alheia sempre foi uma coisa fascinante porque é ela que determina se a nossa vida está ou não está boa. Passo a explicar: as coisas só podem ser classificadas e adjectivadas quando comparadas. Existe o gordo porque existe o magro, existe o rico porque existe o pobre, existe o preto por que existe o branco e por aí adiante. Ora a vida pessoal de cada um torna-se boa ou má consoante a comparação que fazemos com a do vizinho.
Este fenómeno tinha passado despercebido até ao momento que criaram o facebook e toda a gente, exagerando o estado da sua vida, publica tudo. E só consigo explicar o sucesso da rede social pelo interesse abismal que se tem pela vida alheia. Tudo é importante saber e constatar. Mesmo as mensagens que se querem subliminares acabam por vestir o carapuço de alguém. A familiaridade é tão grande que já se detecta pelo dito e pelo não dito a vida das pessoas. Pelas músicas, pelas frases, pelas fotos (muitas delas uma pirosada), pelo estado civil, pelas reticências, por tudo. E por nada. Mesmo os silêncios são interpretados - Está tudo bem? Andas desaparecida...
O facto é que o facebook está cheio de 'marias nabiças - tudo o que vês, tudo cobiças'. E nem foi por este motivo que me separei (embora não me tenha divorciado ainda porque apesar de ser um casamento por conveniência, ainda preciso daquilo), porque há muito pouco da minha vida que mereça ser cobiçado. Simplesmente acho que tudo aquilo me parece uma feira de vaidades, muitas delas sem qualquer fundamento nem pingo de verdade. Que seja!

domingo, 4 de novembro de 2012

Quando bancamos a otária

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Bancamos a otária quando estamos assistir, em primeira fila, a uma situação e esfregamos os olhos vezes sem conta para nos certificarmos de que estamos a ver bem. E esfregamos e esfregamos e continuamos a ficar incrédulas com a situação. Então perguntamos à pessoa do lado se está a ver o mesmo que nós. E a pessoa diz que sim e que até vê mais qualquer coisa que nós não atingimos. E nós mantemos a nossa incredulidade porque achamos que não merecemos, que não fizemos nada de mais para estarmos naquele papel, mas o que é certo é que somos as protagonistas da bela peça de teatro. E depois, como não temos o síndroma do condutor em sentido contrário perguntamos, mas que merda fiz eu desta vez? Onde errei? E percebemos que se calhar não erramos assim tanto, mas não abrimos os olhos em tempo útil.
E depois sacudimos a poeira, levantamos da primeira fila, batemos com a porta e esperamos calmamente pelo dia da paga. E no dia em que ele chegar nós rimos bem alto e batemos as palmas que não tivemos tempo de bater quando a peça acabou.

Para ti, sabes do que falo...


Queria escrever um post de domingo e nem sei que diga

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Sweet, sweet domingo, 

Gosto muito de ti, sobretudo porque só apareces uma vez por semana. Eu sei que tu serves para nos lembrar que vai entrar mais uma semana de trabalho, que o descanso que é bom se esgota em dois dias, que tu existes só para que nós possamos não fazer nada e ficar a apreciar-te. Mas eu não gosto de ti, porque tudo em ti é domingo. É dia que nos faz ficar introspectivos, que não nos apetece reagir. É dia que nem sempre passam filmes bons na televisão, é dia chato e morno. É dia que curamos os estragos do teu antecessor, é dia de fazer bolos e engordar no sofá. É dia disso tudo e eu não gosto. Mas tranquilo, um dia havemos de fazer as pazes e eu retirarei o que disse, mas hoje ainda não é o dia. 
Mas olha, dás-me tempo para vir escrever posts que nem me lembraria de escrever se tu não existisses.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Não gosto

De gente estúpida. Não tolero sequer, nem disfarço o meu humor quando ouço gente a abrir a boca para dizer coisas estúpidas. Diz que é genético e que herdei do meu pai.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O síndroma do condutor em sentido contrário

Conta a anedota que um condutor entra em sentido contrário na auto-estrada e ouve na rádio a locutora a dizer que está um condutor em sentido contrário. Ele, muito espantado argumenta: um? andam todos!

Aplico esta anedota a todas aquelas pessoas que não conseguem olhar para si próprias e analisarem se o problema pode ou não ser delas. Este tipo de pessoas, quando se encontra numa fase negativa, assume sempre que a culpa é de alguém: dos pais, dos irmãos, da família  dos amigos, dos colegas, dos chefes, da sociedade. Mas nunca, nunca ponderam ter errado ou falhado em algum ponto do percurso.

E faz-me confusão. Pois se uma pessoas já se chateou com não sei quantas pessoas, já perdeu uma série de amigos, não consegue ter uma relação com ninguém, os colegas olham com desdém, a culpa será inteiramente dos outros e esta pessoa tem um azar do caraças?

Menos! Muito menos. Eu sei que dá trabalho olhar para nós e pensar o que é que nós também podemos ter feito para que isto aconteça, mas é um desafio que a longo prazo acaba por valer a pena. Afinal não somos perfeitos, mas ter a noção disso e saber onde exactamente não somos perfeitos é meio caminho andado para a perfeição.;)

Sweet November

Kláárlega =)...

É o último ano que Novembro começa com um feriado e este tem-me sabido pela vida. Dormi até o corpo achar que já não precisava. Arrumei a casa toda para poder receber amigos no sábado à noite e preparar uma feijoada daquelas.
E tudo muito tranquilo e pacífico e eis que há sempre algo, qualquer coisa que me tira desta paz de feriado e me faz apetecer descer à rua e comprar um maço de cigarros e fumá-los todos de seguida.
E eis que palavras como Não quero e vai-te foder passam a fazer parte do meu vocabulário como nunca julguei que fosse possível. E até estranho ter sido capaz de dizer isto e pior (melhor), assumir isto. De vez, para sempre! E hoje ainda vai fazer um bocadinho de mossa, mas amanhã já não e depois também não até que me seja completamente indiferente.
E até acho que um vai-te foder é meio caminho andado nisto da assertividade. 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Facto

Se voltasse atrás faria por certas pessoas exactamente o que devia ter feito quando elas precisaram. Se essa necessidade se manifestar no futuro tenho dúvidas, certas dúvidas...

Gosto

Que a minha obstinação e teimosia sejam inversamente proporcionais à minha estupidez. O que tenho a mais nas primeiras, tenho muito pouco na segunda.

Não gosto

De gente que fala como se tivesse um pau enfiado no cu e para além da voz fininha que sai daquela boca ainda entortam a cabeça  para passar a mensagem.

Frases feitas que espremidas são uma merda #1

Abro oficialmente a rubrica das frases feitas que as pessoas colocam nas redes sociais e blogs, certamente pensando em alguém ou numa situação de vida, que servem para encher chouriços e espremidas não dizem a ponta de um chavelho.

.

É. Existem por aí imensas pessoas que, fazendo elas o que fizerem não há qualquer problema. Agente gosta delas na mesma, agente sofre por elas e agente até as perdoa porque elas ao fazerem o que lhe apetece têm um enorme sentimento por nós. É. Agente gosta delas assim...

sábado, 27 de outubro de 2012

Dos dilemas da solteirice #2

É muito mais engraçado convidar os solteiros para alguma coisa quando se está sozinho ou no mesmo espaço coabitam outros solteiros. Preferencialmente opta-se por programas que unam vários casais. Há muito mais para partilhar. O solteiro sente-se assim uma espécie de ET que não sabe bem o que dizer.

Nota: Ele há excepções. Poucas, mas há.


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

WTF???

Não consigo entender as pessoas que estão no meio de algo muito importante (cheios de trabalho, a cagar, a dar de comer ao cão, a lavar o carro, a discutir com o cônjuge, a lavar a loiça, a ler um livro, etc etc etc) e tem tempo de vir publicar nas redes sociais ou nos blogs o que estão a fazer, no preciso momento em que o estão a fazer!

Really?

Eu sei que temos que lidar com o pior das pessoas, com aquela parte menos boa, que teimamos em não gostar, mas também não entendo porquê. Já deixei de me dar com pessoas só porque não partilhamos dos mesmos valores nem do modo como encaramos a vida. Se me apetece lidar com esta parte menos boa? Nem um pouco.

It´s raining and i don´t care

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Este ano assim que chegou a chuva e o frio e os dias cinzentos não me importei por aí além. Acho que até me têm sabido muito bem. Nem me conseguem deprimir nem nada. Talvez porque os dias de sol dos últimos tempos me tragam mais más recordações do que boas e porque acho que ainda vou ser muito feliz debaixo de grandes chuvadas.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Deste país(inho)

Gosto deste país como se gosta de um filho mal educado. Nós reconhecemos-lhe os defeitos mas gostamos dele à mesma.
Há vezes, no entanto, que esta má educação nos tira do sério, nos envergonha, nos deixa mal e nos faz perguntar mas afinal onde é que errei?
Este país onde dizemos 'obrigadinha', quero um cafezinho, está boazinha? representa a pequenez de espírito que carregamos, esta subserviência matinal com que acordamos para lidar com aquilo que continuamos a achar nojento, injusto e insustentável. Esta pequenez que nos faz acreditar que antes isto que nada. Esta pequenez que nos mostra que há sempre gente pior e portanto o mal que carregamos é muito bom. Este espírito lambe-botas como meio de escalamento social. Esta pequenez do temos que aguentar porque a vida é mesmo assim. Esta pequenez que não obriga ninguém a responsabilizar-se pelas suas próprias acções porque todos erramos e errar é humano. Esta pequenez que nos faz ficar alapados com o cu no sofá porque há quem se mexa e se nada acontecer ao menos eu não me chateei. Esta pequenez que nos traz à memória que já fomos grandes e que isso nos deu créditos infinitos na memória colectiva. Esta pequenez que não cresce mete-me nojo.

Tábem

Aquele momento em que nos tocam à campainha às 10 da noite e nós ficamos na expectativa de quem será porque é rara a vez que me tocam à campainha e nem o carteiro toca aqui. Aquele momento em que nos dizem que é da administração para verificar se as campainhas funcionam e já agora o vídeo também. E sim funciona tudo. Obrigada.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Deste sentido de fazer o bem

Acho que herdei um certo sentido de fazer o bem da minha mãe. Às vezes dou por mim a pensar que há coisas que são dela mesmo. Sei lá, ouvi tantos e tão bons conselhos que é como se tivesse nascido com determinadas coisas nos genes.
Fiz comida a mais para mim (para que conste, um lombo assado no forno que o senhor do talho achou que eu sozinha tomava conta dele). Ora pois que não gosto por aí além de congelar comida depois de a cozinhar. Bem, pensei eu vou levar almoço para os colegas/amigos de trabalho. Já me fartei de rir ali na cozinha a fazer marmitas atrás de marmitas (uma para mim, outra para a M. e outra para o G.) Ainda vou pôr fruta e sumos. Baixou em mim uma mãezorra. E eu não desgosto deste sentimento.

What´s new?

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Li há pouco no jornal Público que os estudantes mais populares nas escolas secundárias conseguem melhores empregos e a ganhar mais do que aqueles que realmente se aplicaram nos estudos.
E qual é a novidade? Sempre foi assim, quer na escola quer no resto da nossa vida. Aqueles que melhor se safam são aqueles que invariavelmente se sabem vender da melhor maneira e sabem chamar a atenção sobre si mesmos como mais ninguém sabe. Ou se é realmente bom em alguma coisa e isso basta para que a pessoa se distinga, ou então há que se saber vender muito bem para parecer que é. E costuma resultar.
Não acho que existam muitas diferenças entre o mundo animal e o humano. É a lei da sobrevivência. Os mais apelativos, aparentemente mais forte e melhores passam sempre à frente, ainda que muitas vezes sejam um embuste até para eles próprios. Há dúvidas?

domingo, 21 de outubro de 2012

É isto

E eis que chegado um domingo cinzento me encontro a sofazar com um saco de água quente nas costas porque esta mudança de tempo dá-me cabo das articulações e ossos e sei lá mais o quê. Coisas que não me assistiam quando eu tinha 20 anos e que mal entrei nos intas se fazem sentir e me lembram todos os dias que já não vou caminhando para nova.
E apesar disse, sinto-me bem e até tenho medo de dizer que me tenho sentido bastante bem...

sábado, 20 de outubro de 2012

As coisas boas acontecem a pessoas boas. Estou feliz, recebi uma boa notícia e é tão bom esta felicidade pela felicidade alheia.

Se...

Se não tens fome não comas, se não gostas de dançar não dances, se não gostas de ler não folheies um livro, se não gostas de rir não te esforces, se não gostas da solidão fala com alguém, se não gostas de falar silencia-te, se não gostas de dormir acorda cedo, se não gostas de abraços não estendas os braços, se não gostas de lutar fica quieto, se não gostas de injustiças repensa esse conceito, se não gostas de correr anda rápido, se não gostas de estar parado move-te, se não és feliz põe-te, se não gostas da mentira fala a verdade, se não amas não empates.
Simples assim!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Dos dilemas da solteirice

Isto de se ser solteira num mundo feito para casar é tramado. Isto de ser solteira, na casa dos 30,  num mundo feito para casar é duplamente tramado. Toda a gente diz que é normal e tudo bem, tudo lindo, mas nas mais pequenas coisas demonstram a ansiedade de ver os outros com alguém.
Passo a explicar. Se digo: Vou jantar/almoçar com um amigo. Perguntam logo: Queee amigooooooo?
Eu respondo: com um amigo meu. Perguntam: Só amigooooooo? Hummmm!
Remeto-me ao silêncio.
Se dizemos que estamos várias vezes com o mesmo amigo perguntam: Não andas a sair muito com esse teu amigo?
Respondo: E????
Rematam: nada, nada........

Eu até podia perder tempo a explicar, até podia, mas prefiro acabar a conversa. Amigos são amigos, lá só porque são homens não quer dizer que tenhamos que casar com eles, exactamente porque são nossos amigos. E mais nada.
Se fosse mais do que isso certamente eu nem sequer contava porque ninguém tem que saber se ando com alguém ou não e porquê e porque não. Há coisas que guardamos só para nós.
Simples assim..

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Estas coisas do coração sentidas pelas mulheres

Bem, o meu querido amigo foi surpreendido à porta do trabalho e já cá não vem. Mulher tem 6º sentido e vai de lhe fazer surpresa à porta do trabalho. Não consegui deixar de me rir. Ninguém ouse substimar o 6º sentido de uma mulher. Espero mesmo que a surpresa ajude a passar o atrofio dele.
Eu vou mas é dormir que estou morta morrida e cheia de dores nas costas há três dias. Faz-me falta companhia para me massajar as costas e os pés e para mudar lâmpadas também.

Estas coisas do coração...

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Tenho sempre grandes conversas com um amigo meu sobre relações. Quase nunca chegamos a acordo, mas aceitamos perfeitamente as opiniões um do outro. Tentei inúmeras vezes explicar-lhe como são estas coisas do verdadeiro sentimento, daquele sentimento que pouco se assemelha a outras coisas. Tentei explicar-lhe o que era a paixão e as borboletas no estômago e a dor da saudade. Ele respondia sempre: mas eu sinto isso muitas vezes. Eu digo-lhe que não é possível, que um dia ela vai ver a diferença, a real diferença entre sentir e Sentir. A real diferença entre entre gostar de estar com alguém e gostar de alguém. A real diferença da dor da saudade e da insuportável dureza da saudade. Ele continuava a dizer que sim, que já sentiu isso muitas vezes. Desisto.
Hoje o meu telefone toca e era uma mensagem dele a dizer: logo ligo-te minha querida. estou todo atrofiado, nem imaginas.
Há bocado falei com ele ao telefone e finalmente ele diz: nunca tinha sentido isto, é tão estranho. Uma tristeza profunda como eu nunca senti. Estou tão atrofiado e ainda não me passou. Nem sei o que faça.
E eu disse: É isso! É exactamente isso que eu tento explicar-te há tanto tempo. Afinal és humano!
Agora aguardo que ele cá venha para lhe poder dar um abraço e dizer-lhe que é normal e que passa. Tudo passa..

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Things that make my day #2

Mais um desafio, mais um prémio ganho. Mais uma festinha no meu ego.

Esta moda do desapego

Hoje dei com o status de uma amiga no facebook a referir o desapego e a pedir contactos que tinha perdido. Presumo que tenha ido mais um i-phone à vida porque decerto que o perdeu e bem vistas as coisas já é o segundo.
Na peça de teatro que vi no sábado também ela referia o desapego e falava num namorado que praticava o desapego e portanto vivia com o mínimo essencial, numa casa sem WC e mijava janela fora directamente para o rio. Afinal podemos ser felizes com tão pouco. Vamos lá praticar o desapego.
Eu gosto disto, juro que gosto. Não sou nada fútil e não corro atrás das novidades e isso nem me chateia por aí além. Mas calma lá, que quando me roubaram o pc que eu adorava não consegui pensar no desapego e ahh e tal é um bem material e o caraças e isso passa. O que é meu adquiri-o por direito ou prazer, mas é meu. São os meus livros, as minhas roupas, o meu pc, a minha caneta, etc, etc. Portanto quando me sinto sem as minhas coisas não consigo atingir essa coisa do desapego e dos bens materiais. Pelo menos a curto prazo.
Já com as pessoas essa coisa do desapego tem funcionado melhor. Estranho, não?

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Da estupidez alheia

Ele há dias em que ouvimos coisas estúpidas de pessoas ainda mais estúpidas e pensamos que nunca, mas nunca mais essas pessoas nos veem os dentes. Há um limite para a tolerância e o meu acabou hoje. Lá só porque tenho que aturar todo o tipo de gente no meu local de trabalho isso não implica que tenha que lidar com toda a estupidez na sua plenitude. É isto.

domingo, 14 de outubro de 2012

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A vida, essa coisa que acontece no intermédio entre o nascimento e a morte, é uma coisa tramada, mas muito bem concebida. Ela trata de nos aconselhar por via de pequenos pormenores que não queremos ou não conseguimos ver, mas que invariavelmente nos aponta o melhor caminho.
Se quando decidimos fazer alguma coisa e tudo no seu caminho corre mal, os semáforos estão sempre vermelhos, a música é má, as pessoas desconcertantes, a nossa energia desaparece, é uma maneira de a vida nos apontar um sinal stop. É uma maneira de nos dizer que não, não é esse o caminho, não voltes a ele.
Simples assim.

Imagens de fim-de-semana

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Vale a pena

Fui ontem ao teatro ver a peça 'Os Homens são de Marte e é para lá que eu vou'. Adorei a peça e o modo como foi abordado o tema da solteirice. Lindo. Peça com muito humor e com um sentido de realidade muito próximo daquilo que efectivamente acontece a quem, por infortúnio ou escolha, está na casa dos 30 e se mantém solteira. As dúvidas, as questões, as choradeiras, a resignação de quem sabe que mais vale ir a Marte à procura de um homem, está tudo muito bem espelhado na peça.
Tempo bem passado e investimento bem feito.
I'm happy.

sábado, 13 de outubro de 2012

Lá terá que ser...


Vai ser uma questão de tempo. E eu sei que não vou conseguir fugir. Estou a adiar, mas isto vai apanhar-me rapidamente. Um aparelho fofinho que consegue armazenar milhares, sim milhares, de livros. Estes podem ser comprados on-line e a preços até bem mais acessíveis. Podemos andar com este aparelho para todo o lado, lermos os livros que quisermos e ainda temos a opção de sublinhar e tirar notas nas próprias obras.Nada substitui o cheiro a um livro, nem as prateleiras recheadas deles, mas tendo em conta a questão de espaço e das árvores que são abatidas para se fazerem livros e mais a possibilidade de poder ter milhares de livros, sei que é uma questão de meses, ou semanas, ou dias...


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Coisas que me comicham, à bruta

Receber um mail de trabalho a pedir para darmos o melhor de nós, para não trabalharmos para um '10' quando bem vistas as coisas não pagam às pessoas a tempo e horas e nós que nos aguentemos porque afinal há muita gente a querer trabalhar. Juro, mas juro que já falta pouco para me chatear porque eu também não preciso daquela pechincha para sobreviver. Estas coisas, não me comicham, lixam-me à bruta!

Simples assim

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Não é que não goste de ti, mas não gosto mesmo nada de mim quando estou contigo. E isso é um passo para não gostar de ti. Simples assim

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

É assim



Tenho a mania, uma grande mania ou lá o que é isto, de deixar as gavetas das cómodas ou mesa de cabeceira abertas. Não é que me chateie a desarrumação, mas preocupa-me o facto de com a minha vida as coisas serem assim também.

Facto

Sabemos que temos um melhor amigo quando apertamos as teclas do telemóvel para ligar a contar tudo o que nos acontece de (muito) bom e de (muito) mau. Todos os restantes amigo de encontram abaixo dessa linha. Se nos perguntarmos ' devo contar' então a categoria não inclui o melhor.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Lindo!

Acabei de escrever a minha carta da desamor para entregar no curso amanhã. Comecei a escrevê-la ontem e deixei o fim para hoje sem saber como havia de terminá-la. Não queria que fosse uma carta ressabiada e amarga, daquelas que se lê a ouvir Adele.
Então a primeira parte escrevi-a de coração como só quem sente e sabe. Depois tive que lhe dar um desfecho novo e ligeiro à laia de cliché, mas que funcionou na perfeição e ainda me estou a rir da imaginação que consigo ter após 12 horas de trabalho e uma dor de cabeça.
Lindo!

Things that make my day



Hoje recebi um presente tãooo giro e tãooo fofo. Vale pela beleza deste Santo António e pela simbologia que ele tem para mim e sobretudo porque me foi dado por um amigo super querido que foi ao Alentejo e se lembrou que um destes me faz imensa falta. Não é bem igual ao da foto, é aliás muito mai lindo.

domingo, 7 de outubro de 2012

Facto

Seres boa pessoa faz acumular créditos que podes usar na próxima vida, já que não acumulaste suficientemente na vida passada. No intermédio, que é esta, vale-te de muito pouco. Karma é fodido.

sábado, 6 de outubro de 2012

Opinião

Acho que vou escrever mais e mais bonito quando arranjar uma secretária catita que vi no IKEA. Com um cantinho inspirador tudo muda. Digo eu.

E digo também que tenho que mudar o sal que tenho dentro de um saquinho na porta da entrada para filtrar as más energias. Coitado do sal que já fez mais do que a sua obrigação e já filtrou mais do que desejaria e está na altura de ir para a reforma. Já trato de ti.

Facto

Enquanto não esquecermos o modo como as pessoas nos fizeram sentir, não é possível o perdão. Seja lá o que isso for. E é mau, porque perdoar é fofinho e faz de nós melhores pessoas.

Whatever

O meu próximo desafio no curso é escrever uma carta de desamor e o que me está a lixar é que tenho material para caraças e nem sei por onde começar.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Gostar, gostar eu gostava de ter um plafond ilimitado na wook para poder encomendar todos os livros que quisesse.
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Às vezes, quando as coisas correm bem, apetece-me dançar e gritar: iuhuhuuuuuuuuuuuu

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Tudo em família

K. Máriaaaaaa foi lanchar com meu papi e restante família lá do outro lado do mundo. K. Máriaaaaa é já da família. Moi meme não tem dinheiro no tlm para mandar mens a K, mas sabe que ela virá aqui ao estaminé ler e saberá que eu já sei de tudo. ;)))))

domingo, 30 de setembro de 2012

Conversas que nos encaralham #1

Quando estão a conversar connosco e para nós e nos repetem constantemente que as pessoas que vivem sozinhas ganham muitos vícios e que depois viver junto com estes seres solitários é um pincel difícil de suportar. Quando se admiram quando dizemos que queremos ter filhos e as pessoas perguntam: filho (sss)? Se queres filho(sss) despacha-te; como quem diz vê lá se tiras a carta rápido para podermos andar de carro.
Dessas conversas que temos que aguentar e não podemos responder à letra, por conveniência das relações que mantemos com as pessoas e porque entretanto acabam por descobrir a mal-criadona em mim e não é preciso.
São estas conversas que nos encaralham.

sábado, 29 de setembro de 2012

Sábado comigo e não só

Daqueles dias que acordamos após 14 horas de sono, bem merecidas diga-se de passagem, daqueles dias em que fazemos a faxina entre lágrimas a escorrerem pela cara, porque já não caíam há muito tempo. Daqueles dias que nos vemos a nós próprias e não gostamos do que vemos e mandamos uma mensagem a alguém amigo a perguntar o que fazes? e ele responde que nada que é todo meu, para os planos que eu tiver. E eu digo que estou com uma tristeza profunda e ele telefona a dizer, mas qual profunda? Profundos são os submarinos, vamos mas é à rua e bora lá ver um filme fixe. Daqueles dias em que agradecemos a existência de alguém que não está só na nossa lista de contactos do telemóvel, mas na nossa vida, sob todas e quaisquer circunstâncias. É desses dias que eu falo..

Sábado comigo



É sábado e tenho o tempo todo para mim, mas não me apetece estar comigo. Estou tão cansada de estar comigo. Apetece-me sair um bocado e apercebo-me que afinal nem companhia tenho, embora tenha um telemóvel cheio de contactos. E vejo-me obrigada a sair, mais uma vez, só comigo.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Agora escrevo para ti K. Máriiiiiiaaaaaa

Escrevo para ti agora amiga porque sei que me lês, daí onde tu estás, longe. Sei porque o meu pc regista e sei porque me contas que lês e eu acredito em ti como se deve acreditar nas pessoas de quem se gosta.
Folhei a agenda cultural hoje. Abri numa página com alguns filmes do Doc Lisboa. Sei que se aqui tivesses já tinhas ido comprar os bilhetes e já me tinha telefonado a dizer para não marcar nada para os dias X, Y e Z porque tínhamos muitos documentários para ver. Eu ter-te-ia dito que sim, claro que sim.
E hoje lembrei-me que nos habituamos à ausências das pessoas porque as coisas são mesmo assim, mas nestes pormenores não me esqueço da diferença que fazia estares aqui.

Para alguém

Hoje no curso um colega perguntou-me se já tinha publicado alguma coisa. Sorri e disse que não, pensei para mim que provavelmente nunca. Mas continuo a escrever, disse-lhe eu. Ao que ele diz: faz muito bem. Deve escrever todos os dias, tal como come ou dorme. Escrever tem que fazer parte da sua rotina. Experimente um diário ou assim. Eu argumentei que às vezes falta a inspiração, a vontade ou impera a preguiça. Ele diz: então escreva uma carta todos os dias para alguém. Vai ver que é um bom exercício.
E ele tem razão, sim. Depois pensei que todos os dias e sempre que escrevo, o faço por alguém. Nunca escrevemos só para nós. Eu não escrevo só para mim. Todas as vezes que me sento a escrever, penso em alguém, seja por que motivo for. A maior parte das vezes até escrevo para alguém que sei que não me lê. E não faz mal, porque me faz bem a mim.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Não sei se gosto de ti ou da ideia que ainda tenho de ti. Mas continuo a escrever-te embora saiba que não lês e por opção minha já pouco sabes.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Fiquei mais descansada hoje quando no curso aprendi que aquilo que escrevemos é sempre pior do que aquilo que pensamos em escrever. A nossa mente é muito mais fantasiosa e brilhante que os nossos dedos. Bem me parecia que sempre que eu tinha uma ideia brilhante para escrever sobre qualquer coisa, depois de escrito nunca era bem aquilo que eu queria dizer. Afinal é mesmo assim.

Acabei de escrever o meu texto crítico sobre O Primo Basílio. Custou-me imenso a escrever e nem sequer tenho a noção do resultado. Vou imprimir a amanhã entregar. Logo se vê o que sai de lá.

Bons filmes

Parece que Setembro trouxe às salas de cinema bons filmes. Parece que vou ter que arranjar tempo este fim-de-semana para me sentar numa sala de cinema.Parece que sim.

domingo, 23 de setembro de 2012

Speechless

Li isto hoje num blog (http://mundohipoteticodosses.blogspot.pt/) e estas palavras não me saem da cabeça. São duras, mas muito bem escritas:


Eu nunca irei perceber a segurança e a sensatez de quem nunca desejou morrer. E eu sei que estas vertigens não são do medo da altura mas o medo do futuro decidir atirar-se para o abismo. Não é medo de cair mas medo de um eu de vir a atirar-se por vontade própria. 
Mas ultimamente tudo me dá vertigem. Ao contrário de mim, há quem não tenha nada a perder. Eu só me tenho a mim.


Gosto #3

de receber flores, gerberas, para ser mais precisa. Mas gosto que mas ofereçam sem qualquer arranjo. Só o molho delas, coloridas .
Tenho que escrever uma página A4 sobre uma obra que tenha gostado de ler. Não consegui ainda decidir-me sobre qual obra vou escrever e sobre o que dizer dela. Escrever custa, aliás tenho aprendido isso no curso. Normalmente tem que ser acompanhada de inspiração, vontade e boas ideias. Se faltar alguma destas premissas, o resultado pode não ser bom. E temo que não seja bom. Escolher domingo para fazer isto também não é bom, mas é o que se arranja.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Quem corre por gosto não cansa

Hoje só consigo dizer isto. Ando morta, cansada, faço tudo a correr e nem dou pelo tempo passar. Mas depois há aqueles dias em que dedicamos duas horas no nosso dia a fazer uma coisa que nos dá realmente prazer e tudo passa. Para a semana encho mais a minha agenda. Fazer diferente faz bem. Fazer mais faz bem.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Gosto #2

de escrever, mas fico frustrada porque a maior parte das vezes a caneta não acompanha a velocidade do que quero escrever e fica tanto, mas tanto por dizer...

Coisas que me comicham #3



Estamos todos num curso que decidimos frequentar de livre e espontânea vontade e não paro de ouvir na cadeira atrás de mim uma colega a teclar furiosamente no telemóvel a enviar SMS, a aula toda!!! Haja paciência!!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012



Às vezes as mudanças são essenciais. Não são bem o que queríamos, mas têm que ser. Herdei um bocado do meu pai esta resistência a mudar, este 'deixa lá ver se amanhã será melhor'. Mas por ver isso nele e às vezes não concordar e até me aborrecer um bocado obrigo-me a ser diferente, a sair da zona de conforto e arriscar a fazer o inevitável, o que é suposto.
Nem sempre as melhores decisões são aquelas que nos dão maior conforto. A maior parte da vezes são desconfortáveis e dolorosas, mas analisando friamente sabemos que é o melhor.
Afinal, tenho aprendido a desapegar-me das coisas, dos pertences, dos lugares e até das pessoas. Saber desapegar não é destituir de importância, mas relativizar a importância que as coisas têm face ao que já tiveram e poderão vir a ter. Lá porque foram importantes em determinadas fases de vida não significa que serão sempre. Talvez até existam coisas mais importantes que precisem de ser conhecidas e descobertas. Talvez...

Das incongruências

Afinal a blogosfera só vê a Casa dos Segredos para poder comentar e informar o seu público. Mais nada. É apenas uma atitude solidária de informação da mais nobre importância!

domingo, 16 de setembro de 2012

Agora que começou a nova temporada da Casa dos Segredos vamos deixar a crise de lado e investir nos comentários acerca dos QI's dos concorrentes e desta cromice pegada.

1000

1000 poucos mas bons!

E eis o que eu achei da manifestação de ontem

O direito à manifestação, tal como o direito ao voto estão consagrados na Constituição, pelo que devem ou não ser tidos em conta se assim o desejarmos. É óbvio que após uma manifestação, seja do que for,  as coisas não mudam no dia seguinte. É óbvio que no dia seguinte continuamos a ter problemas e que as coisas não estão resolvidas.
O que me levou ontem a sair à rua foi o querer mostrar a minha indignação e fúria perante tais medidas. E não me venham com merdas de argumentos de: ah e tal o que ganham em manifestar-se? ah e tal e que alternativas temos? ah e tal, vais ter que pagar na mesma para que vais fazer barulho?
Que não há alternativas sei eu e estou-me cagando para quem lá esteja. Aquilo que pretendo é que haja coerência na aplicação das medidas, seja que partido for. Não se pode tirar mais ao povo e continuar com um despesismo público completamente pornográfico, com subsídios e prémios e frotas automóveis e ajudas de custo etc etc.
Portanto meus caros que optaram por ficar em casa (e acho essa opção muito válida, se assim o entenderam, quem sou eu?!!!) não venham utilizar argumentos gastos e sem sentido sobre as 'não alternativas', sobre a perda de tempo em gritarias e outras merdas sem sentido.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Não gosto #1

Que as pessoas se justifiquem com as 'não intenções' de magoar alguém, quando temos que viver com as atitudes e não com as intenções.

Gosto #1

Gosto e sempre gostei da maneira como andas na rua confiante de que todos te seguem, com aquele ar obstinado de quem vai atrás de alguma coisa. Eu sei que esse ar é muitas vezes de quem foge, foge de muita coisa.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Percebemos que os valores estão alterados quando... #3

as pessoas preferem não comparecer a manifestações alegando que tudo vai ficar na mesma. É exactamente o mesmo argumento que usam as pessoas que não vão votar...

quarta-feira, 12 de setembro de 2012


E então, novidades?

Reviro os olhos de cada vez que me fazem a pergunta: Então e novidades?
Vamos lá ver se nos entendemos, o que é que se espera que eu diga? Que conte o que faço todos os dias? É que os meus dias são todos diferentes, logo haverá sempre algo de novo para contar. Querem que esmiúce os meus dias, em pequenas novidades? Bem me parecia.
Depois, quando eu tenho novidades que quero mesmo partilhar com as pessoas, eu pego no telefone, ligo e conto as novidades. Não espero que as pessoas me perguntem se tenho novidades.
Se não ligo a contar novidades é porque não as tenho (entenda-se novidade como algo que altere mesmo a nossa rotina. Aos 30 anos as novidades são: casamento, divórcio e filhos. Tudo o resto passam a pormenores).
De resto e com a idade/maturidade vamos aprendendo isso, as novidades contam-se a um número restrito de pessoas. Àquelas que vale mesmo a pena contar e que estão connosco sempre. Neste momento da minha vida, as novidades são actualizadas à semana (geralmente ao domingo), com a minha amiga K. Máriiiiiia, docemente apelidada deste modo desde o verão de 2012. E porque são novidades? Porque ela está a milhares de quilómetros de mim e porque ela gosta REALMENTE de saber o que se passa na minha vida, mais não seja para onde saí na noite anterior. E sim, aí podemos falar de novidades e de partilha.
De resto,  não há lugar a partilhas porque as coisas são mesmo assim e quem não fala não se entala.

Madeixas californianas de pobre

Quando o sol e o sal do mar alouram as pontas do cabelo e a raiz fica mais escura porque o cabelo já cresceu.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

E antes de ir dormir

quero dizer que continuo fodida e irritada. E sobretudo quando tenho que falar de coisas que não me apetece falar e que me leva a colocar na cabeça os fantasmas que ando há dias (com sucesso) a tentar afastar.
Nem sempre as pessoas tocam nos melhores assuntos nos melhores dias. Acho que vou já dormir e carregar energias que estão fraquinhas, fraquinhas.

Hoje estou f..., prejudicada com F

Estou fodida sim. Estou. Com uma irritação miudinha que cresce cada vez que ligo a televisão, que ligo o pc ou leio a blogosfera.
Já é tudo tão previsível que mete nojo. Anda tudo, desde há uma semana indignado com as novas medidas de austeridade e com esta palhaçada. Esta indignação que é patente nas redes sociais é pouco manifesta nas ruas. As pessoas estão cada vez mais curvadas (e subentenda-se o que pressupõe a curvatura), mas estão caladas, de braços baixos.
Chega a 11 de Setembro e vai tudo de recordar o 11 de Setembro de 2001, o que aconteceu e como não conseguem ainda acreditar que tenha mesmo acontecido. Foda-se! E o que acontece diariamente por esse mundo fora? As guerras que foram travadas após o 11 de Setembro? Será que todos os dias ou todos os anos as pessoas se lembram, horrorizadas, que enquanto dormem descansadamente, comem do bom e do melhor, outras tantas existem que não se lembram o que é isso? E não  estou aqui a bancar a Floribela e tadinhas das criancinhas e os pretinhos e o caraças. Estou sim irritada com esta rede solidária e contemplativa com as desgraças alheias, mas que não passam de isso mesmo... alheias. E não passam de isso mesmo, de votos de uma manifestação apagada, porque dá trabalho sair à rua, gritar, apelar e dizer basta!


domingo, 9 de setembro de 2012

Das previsões da Maya

No outro dia de manhã, entrando eu mais tarde, acendi a televisão para ouvir qualquer coisa e eis que dei com o programa matinal da Maya em que ela faz consultas em directo e pelo telefone.
Só vos digo que aquilo é tão bom de tão mau que é.
Ora pois que ligam para lá pessoas, quase todas chamadas Marias a querer saber as previsões das coisas que lhes acontecem a elas e a mais uns milhares de portugueses. Era isto mais ou menos: será que o meu filho vai arranjar emprego? será que devo ser operada aos ossos? será que vou fazer as pazes com a minha irmã?
E a querida (que chama querida a todas as senhoras que lhe ligam, assim como assim nunca se engana no nome, porque ela prevê tudo, menos os nomes das pessoas) diz sempre coisas acertadíssimas. Tão acertadas que eu fiquei tentada a ligar para lá. Então diz:
- Ó minha querida, vejo aqui que o seu filho vai arranjar emprego e digo-lhe que é um bom emprego com uma boa posição. Mas não é para já, vai demorar um bocado. Ahahahahahahha! É preciso ser vidente para dizer uma merda destas? Basta ouvir o telejornal todos os dias para saber isso.
- Ó minha querida, você tem que ser operada senão vai ter esse problema o resto da vida. Não tenha medo e vá-se lá operar. Ahahahahahhahahaha. espera, que ela também tem dons na medicina e vai de dizer que sim senhora, essa é sem dúvida a melhor opção.
- Ó minha querida o seu marido anda muito ansioso por causa das partilhas, mas vai correr tudo bem e se não correr recorra ao litigioso. Ahahahahahahahahhaa. Nem comento.
Era eu a ouvir aquela merda toda enquanto me preparava para sair e só me apetecia largar um Fuoda-seeeeeeee! Qué esta merda? Não sabia se havia de rir ou de chorar!

Percebemos que os valores estão alterados quando #2

percorremos blogs e redes sociais e ao mesmo tempo que lemos que os impostos não param de aumentar e que isso está a comprometer seriamente a vida das pessoas (e entenda-se aqui que estamos a falar do ter que levar pão à boca), lemos ao mesmo tempo a histeria de comprar roupa e sapatos da nova colecção porque ah e tal são lindérrimos e não passo sem eles!
É caso para dizer... Menos, muito menos!!!

sábado, 8 de setembro de 2012

Ainda sobre o Dancing Days e as probabilidades

Mas alguém me diz qual é a probabilidade de uma gaja sair da prisão após 16 anos, encontrar um gajo lindo de morrer que será o amor da vida dela, mas casar com um velho rico que a transporta rapidamente para o mundo do jet set?


Já não consigo ver o anúncio do Continente com o puto super irritante a cantar a música do Boss AC e já não consigo com a própria música que agora já não é sexta feira, mas também pode ser segunda-feira e tenho pena de não chegar ao comando rapidamente para fazer zapping.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Sonhos sonhados


O meu momento de introspecção culmina sempre na viagem de regresso a casa no último dia da semana. Entro em modo automático para conduzir, mas nem sequer estou dentro do meu carro, aliás não estou em lado nenhum. 
Hoje, não excepcionalmente, vinha a pensar no que quero para mim daqui a uns 10 anos e percebi que aquilo que gostaria em nada depende de mim. E isso assusta-me, quando se desejam coisas que não dependem de nós e que portanto teremos que ser outra coisas qualquer, mas não sei bem o quê.
Nunca quis ter uma carreira, e sinceramente estou-me a cagar para isso. Não quero passar uma vida inteira a trabalhar e viver em função disso. Quero fazer alguma coisa que me preencha, que me faça sentir útil. Quero trabalhar com pessoas e para elas. Quero trabalhar para mim também. Tenho o projecto imaginado na minha cabeça, as pessoas, o objectivo e até o nome. Vou manter este projecto em mente, pode ser que um dia, talvez. De resto, só preciso que a minha existência tenha algum sentido, não o melhor, o mais certinho, o mais bonito, o mais esperado, mas que tenha sentido. E esse sentido, infelizmente, não depende só de mim. Se dependesse, já era meu...
Não gosto que me perguntem qual o meu filme, actor, música, cantor preferidos. Isto porque sou pouco dada a grandes preferências e atribuir-lhes características únicas e fenomenais e mais a mais fazê-las permanecerem no tempo.
Com livros, faço-o mais facilmente.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Sim, há sons que me irritam

Sim, há sons que me irritam, me tiram do sério. E sei que é picuinhice, mas e o que eu posso fazer?
Detesto pessoas que ao engolirem líquidos fazem barulho, tipo Glup Glup Glup a cada gole. Cada vez que passa na garganta sai este barulho. Fico logo irritada.
Outra: pessoas que mastigam de boca aberta e fazem mais ou menos: nha, nha, nhaaaa. Igual com pastilha elástica.
Mais uma: pessoas que fazem barulho a respirar. Mas não é ressonar, é tipo: mmmffffffff, mfffffffff, cada vez que inspiram e expiram.
E pronto não gosto. Começo a contorcer-me toda e a morder a língua para não dizer nada.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

100

E eis que a 31 de Agosto de 2012 escrevo o meu centésimo post neste blog. 100 parvoíces, desabafos, coisas que não interessam nada, coisas que interessam muito, coisas que vivi, coisas que preferia não ter vivido, enfim, é caso para dizer um 100 número de posts que ficam, ou ficarão para a minha história.

Toca a mexer

Esgotado o formato dos programas de danças e mais ainda esgotado o formato dos programas em que vemos os gordos nas passadeiras a correr e a comerem folhas de alface, eis que surge um formato completamente novo em que se alia a dança aos quilos a mais.
Pois bem que a SIC, depois de muito pensar no que poderia fazer concorrência à Casa dos Segredos, inventa um novo conceito de programa em que se associa o excesso de peso à dança. O objectivo? Meter os concorrentes a dançar e a perderem peso simultaneamente.
Numa altura em que a crónica da Margaridinha faz tanto furor, alegando tudo aquilo que as gordinhas podem fazer, eis que surge um programa que explica à querida que para além de arrotarem e dizerem palavrões podem ainda dançar e fazer uma espargata de fazer inveja a qualquer esqueleto de 40 quilos.
Qualquer comparação entre este programa e um circo é pura coincidência.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Das desigualdades de género

Nunca fui apologista da igualdade pela igualdade. Se as coisas são diferentes há que as tratar pela sua diferença; só assim chegamos a um critério mais equalitário.
Homens e mulheres são diferentes logo devem ser tratados como tal. E não, não estou a falar do acesso às oportunidades, que essas sim devem ser igualitárias. De resto somos seres diferentes e essa diferença tão manifesta deve ser mantida.
Curioso é ver as eternas feministas a apregoarem a igualdade, mas esquecem-se dela quando criticam as suas conterrâneas nas acções mais básicas. Exemplos:
- Ela foi trocada por uma mulher mais nova. Coitada não merecia. E então a quantidade de homens que são trocados por outros mais velhos/mais novos/mais giros/mais ricos etc? Desses quase ninguém fala porque certamente existe uma questão romântica por detrás de tal troca, enquanto que nos homens tratar-se-é certamente de uma grande filha da putice. Já para não falar da outra que está por trás da troca que é outra vadia.
- Ela bebe cerveja pelo gargalo e arrota. Feio, meninas muito feio. Já se for um macho a fazer isso na mesa do café, apesar de feio é socialmente mais tolerante.
- Ela veste roupas justas e curtas, mas ainda assim está elegante. Certamente é para provocar, mas se for um homem é um charmoso e um galanteador é porque anda sempre bem arranjado.
- Ela decidiu optar pela carreira e ter sucesso naquilo que faz, renegando toda a vida familiar a que a obrigaram. É uma egoísta. Ele será certamente um ambicioso.
- Ela decide não fazer a depilação, cortar o cabelo rente e vestir o que lhe apetece. É pouco feminina. Ele tem um estilo casual, desportivo.

Enfim... não somos iguais, somos até bastante diferentes. Então por favor aceitemos estas diferenças e benzamos a deus por sermos assim tão diferentes. caso contrário não teria graça nenhuma.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Dos sítios que nós não sabemos que existem, mas ainda bem que existem

Saí há bocado de casa para procurar um sítio para fazer yoga. Já tinha ido ao site desse espaço ver onde era e depois de andar perdida lá o descobri. E descobri que fica num sítio muito giro, no bairro em que eu moro há dois anos. Todo o espaço que o rodeia é um mimo, desde as casas, ao jardim, aos cafés, tudo. O espaço estava fechado. Ainda não é desta que começo o meu yoga, mas valeu pela descoberta daquela cantinho. Mais a mais ainda descobri que o café que eu frequentava e que entretanto fechou, é agora uma Padaria Portuguesa, cheia de coisas deliciosas. De facto, o que uma pessoa ganha por sair à rua...

Das novelas que nos assistem



Gabo cada vez mais quem faz, pensa e concebe as novelas portuguesas. Não posso comentar todas elas porque não as vejo, mas tenho apanhado algumas coisas na novela da SIC e acho maravilhoso aquele rol de relações bem traçadas. Então temos:
- A personagem principal (Júlia) que esteve presa 16 anos no lugar de sua irmã;
- A sua irmã toma conta da filha de Júlia que assume como sua filha. Isto após ter enriquecido ao casar com um velho rico.
- A Júlia sai da prisão no seu ar mais bonzinho e coitadinho e revoltada porque não consegue dar-se com a filha. Acaba por casar com um velho rico e manda-se para Itália.
- Quando volta de Itália vem completamente mudada (chique que dói).
- Recusa-se a dar-se com a filha porque esta anteriormente não a aceitou.
- Continua a viver à custa do dinheiro do velho, numa casa ao lado da dele, mas não lhe dá rigorosamente mais nada.
- Continua apaixonada pelo giríssimo da novela (Albaninho, meu rico), mas o amor ao dinheiro é maior.
- O Albaninho acha que ela é uma prostituta e eu não entendo porque ele diz isto.
- A irmão de Júlia separa-se do velho e fica com o amante mais novo. A Júlia fará o mesmo mais dia menos dia, o que me leva à conclusão que elas têm mais em comum do que aparentam.
- A família que acolheu a pobre Júlia quando saiu da prisão é muito fofinha, mas completamente descompensada: entre dívidas, bipolaridade e homosexualidade, salve-se quem puder.
- A Júlia ajuda toda a gente porque é boazinha. Ser boazinha com o dinheiro dos outros é um miminho!

E podia continuar por aí fora, mas ficaria com um post enorme de enredos e bem resumidamente é isto que se pode levar da novelita da SIC. Entretanto a novelita há-se ficar em banho-maria e no final surge uma reviravolta completamente tchrãaaaaaa!!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Viagem ao centro da minha terra



Ontem ao ver na RTP1 o programa 'Viagem ao centro da minha terra' dedicado inteiramente à região de  Dornes em Ferreira do Zêzere pensei cá para comigo: menina, já esteve mais longe, já já! Adoro Lisboa e vou continuar a adorar, mas já se tornou demasiadamente grande e solitária para mim. A vida é cara, demasiado cara. As relações interpessoais mais escassas, os acessos mais difíceis.
Já me passou pela cabeça várias vezes começar do zero noutro sítio qualquer do país. Num sítio onde as pessoas são mais pessoas, as relações mais estreitas, a vida mais calma.
Já esteve mais longe, já já!

sábado, 25 de agosto de 2012

Sweet 30

Reparamos que estamos deliciosamente novas ou deliciosamente velhas quando, numa saída à noite, somos abordadas por dois moços com 22 anos que ficam chocados quando lhes dizemos que sim, que temos 30 anos. Que só podemos estar a mentir e que nem à prova de mostrar o Cartão de cidadão se acreditam. E dizem, à laia de desconsolo que sim, que afinal estamos muito bem conservadas para a idade.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Das sombras


Gosto mais da noite do que do dia porque nela não consigo ver a sombra que teima em acompanhar-me. Que não desgruda de mim. Que me lembra que eu existo e por eu existir ela também existe. E porque existe teima em não me largar e não há como ignorar.
Pudesse eu e livrava-me desta sombra porque eu sozinha costumava bastar-me. Mas agora não me basto e ao invés de estar apenas preocupada comigo, estou também preocupada com ela.
E cada diz que passa eu pergunto-me o que vai ser de nós?

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Só assim por acaso

Se eu viajasse ao mesmo ritmo que viajam os meus pensamentos o mundo inteiro já não me serviria. Haverá algures dentro de mim algum botão que ponha os meus pensamentos e o meu cérebro em stand by alguns minutos por dia?


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Um post por dia, nem sabe o bem que lhe fazia!

Quando iniciei este blog achei que iria escrever todos os dias. Pelo menos um post por dia. Sobre tudo. Sobre nada. Sobre qualquer coisa.
Ora salvaguardando o gosto que tenho pela escrita, acontece-me por vezes não ter nada para dizer e muito menos para escrever. Assim, sempre que me apetecer escrever e não souber sobre o quê posso sempre:
- Transformar este blogue num diário fofinho, escrevendo diariamente os acontecimentos da minha vida.
- Pedir opiniões sobre tudo e mais alguma coisa aos meus leitores.
- Postar fotos da nova colecção de outono-inverno e comentar o quão feliz ficaria se tivesse aqueles sapatos e camisola e casaco e calças e verniz e tudi tudi.
- Fotografar as minhas mãos com o verniz que pintei as unhas. Repetir esta foto pelo menos uma vez por semana alterando a cor do verniz.
- Comentar os blogues alheios em tom de crítica esquecendo-me que o blog é uma coisa pessoal e cada qual escreve o que quiser.
Bom, já terei pano para mangas...

Já me chateia um bocado que 'as coisas tenham que ser assim', porque às vezes 'é preciso dar um passo para trás para dar dois para a frente' porque afinal 'nada é por acaso' e blá blá blá Wiskas saquetas!
Um bocadinho de sorte de vez em quando não fazia mal a ninguém!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Eles lá sabem

Os amigos sabem quem ela é. A família também. Descrevem-na pelo que vêem e sentem que ela é. E sobretudo pelas coisas que tem. Coisas essas que ela foi conquistando com passos pequenos, mas que os outros não sabem e não fazem ideia.
Eles sabem do que ela gosta e do que ela quer. Eles avaliam-na pelas coisas que ela faz e pelas coisas que diz. Eles dizem que ela é feliz porque não tem nada que a possa fazer infeliz. Eles dizem que ela é esquisita e que não devia ser assim. Eles sabem dos talentos e aspirações dela. Eles sabem onde ela quer chegar. Eles sabem que ela vai conseguir, mas não sabem como nem quando.

Eles sabem isso tudo e ela pergunta-se diariamente o que eles sabem com tanta certeza.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Regresso hoje

Regresso hoje de férias. De uns merecidos dias de descanso fora daqui e cuja única e boa preocupação é a de saber o que jantar e onde e quanto tempo me apetece ficar esparramada ao sol.
Destas férias trouxe uma cor acastanhada, uma constipação mal curada, três herpes labiais sarados e uma paz de espírito incalculável.
Os meus dias foram contados numa sucessão de momentos e nunca numa sucessão de minutos. Chegava a parar para pensar que dia da semana era aquele. Dormi o suficiente num colchão de qualidade duvidosa, muito duvidosa por sinal. Li bastante e sempre que me apeteceu. Só lamentei ter levado dois livros apenas. Inspirei-me de tal modo num dos livros que li, que acredito mesmo que esta é a altura da minha reviravolta. Falei pouco e escutei os meus silêncios. Gosto de viajar com pessoas que gostam e sabem estar em silêncio. Não precisam estar sempre a falar e a dizer coisas e a argumentar.
As minhas férias com a K. foram assim. Às vezes o nosso silêncio é quebrado quando lhe pergunto em que parte do livro ela vai (porque eu já o li). Às vezes ela pergunta se estou a gostar do meu (ela já viu o filme).
Invariavelmente, várias vezes por dia damos por nós a rir à gargalhada por coisas parvas, ou por coisas sérias ou por coisa nenhuma. Só porque nos apetece rir. E porque estamos de férias. E porque merecemos.
Regressei hoje e estou cansada, e estou mais bonita e estou diferente. E amanhã menos cansada repetirei que estou mais bonita... e mais diferente...

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Crónica dos bons amigos

E assim de repente, numa sucessão de meses (poucos mas suficientes) delineamos uma linha, uma subtil linha que separa as pessoas que interessam cada vez mais das pessoas que interessam cada vez menos.
E assim de repente, percebemos que as coisas são assim mesmo e até fazemos um esforço para tentar perceber porque é que afinal as pessoas  não são como nós esperámos que elas fossem.
E assim de repente percebemos que as pessoas sempre foram assim, mas nunca por momento algum, a vida as tinha colocado numa situação que elas não conheciam para se poderem comportar como se comportaram.
E assim de repente percebemos que nada na vida é eterno nem sequer aquilo que julgáramos que era.
E faz-se uma selecção natural...

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Não se pedincha amor

Não se pedincha. Ponto. Muito menos se pedincha amor.
O verbo pedinchar já é de si pequenino e pouco virtuoso. Pedir alguma coisa é muito mais assertivo e concreto, mas mesmo assim não se pede nem se pedincha amor.
Pasmo-me com algumas coisas que leio por aí e pasmo-me com algumas coisas que vou vendo em pessoas que conheço que pedincham para serem amadas. Vergam-se ao amor que sentem por alguém como se isso fosse motivo bastante para que a outra pessoa responda da mesma forma. As coisas são simples, mesmo na sua complexidade mais emocional. Ou se gosta ou não se gosta. Ou se quer ou não se quer. Ou se deseja ou não se deseja. Pedir para alguém ficar connosco só porque se gosta é um acto tão egoísta e narcisista que encerra em si mesmo a possibilidade de haver reciprocidade numa relação.
Geralmente quem pedincha amor, pedincha facilmente outras coisas: pedincha compreensão, carinho e sobretudo atenção.
Confesso que sou pouco tolerante a este tipo de reacções, sobretudo se forem masculinas. Irrita-me solenemente ver um homem a pedinchar amor, com olhinhos de bambi, a relembrar o quanto amam e sabem amar e o que fariam ou não fariam para deixar uma mulher feliz. Não quer dizer que não façam isso tudo, mas há que saber fazê-lo. Uma mulher fazer isso também não é bonito, mas vá, dada a emotividade feminina, não me choca tanto (mas choca na mesma).
Pedinchar é feio... não se usa e está fora de moda.

sábado, 4 de agosto de 2012

Um dia escrevi isto... hoje lembrei-me de novo destas palavras

Não caibo nos intervalos da chuva nem nos segundos dos dias. Não caibo nas estações do ano, nem nos lugares que percorro. Não caibo no tempo em que estou, nem no espaço que me rodeia. Não caibo nos meus talentos nem nas minhas aspirações. Não caibo nos meus desejos nem nas minhas paixões. Não caibo nos meus sonhos e menos nos meus pesadelos. Não caibo nas minhas incertezas nem caibo nos meus medos. Não caibo nas pessoas, não caibo em mim mesma. E não caibo porque sou inteira. Quando me quiseres levar, certifica-te disso...
Já arrumei a casa (aquilo que consegui e me apeteceu), já respondi a mails de trabalho, já vi um filme e já chorei com ele, já sequei as lágrimas, já lavei roupa e já a estendi. Já tomei banho (bem merecido) e vou logo ao cinema ver desenhos animados. Porque tudo o que neste momento sirva para não pensar é benvindo.

terça-feira, 31 de julho de 2012


Qualquer semelhança entre a minha chefe a gritar e uma matança de porco é pura coincidência.

Ou este verão serve para lhe aquecer o coração (vai uma expressão bonita para não tornar este blog uma ordinarice) ou o inverno vai ser de trovoada...

domingo, 29 de julho de 2012

Um dia de praia não é só um dia de praia


Um dia de praia não é só um dia de praia. Desengane-se quem acha que ir à praia é estender a toalha na areia, ir a banhos, botar o creme e apanhar sol. Ir à praia é todo um ritual a que respondem os fãs da areia. É antes um lugar de confraternização, de família, de namoro, de sedução, de passeio.
As famílias entram confiantes na praia, com os filhos pelas mãos, mais as cadeiras e os brinquedos. Escolhem um lugar sempre mais próximo da água para poderem controlar tanto as crias como a toalha. Escolhem um lugar em que não há qualquer problema em dividir com o vizinho do lado dois dedos de conversa e palmo e meio de tolha. As mães gritam aos filhos para lhes botarem o creme enquanto os pais abrem o chapéu de sol e o colocam na areia. Os restantes membros da família estendem toalhas e ligam o rádio para partilhar a música, raramente de boa qualidade, com os vizinhos do lado.
As conversas oscilam entre os ordenados cortados e o quão difícil de torna chegar à praia, 'derivado' do trânsito que é caótico. As mulheres conversam entre si sobre os quilos de celulite que ganharam este verão em virude de terem agora mais 'treuze' quilos. O ano passado não estavam assim, ora se estavam!
Os passeios são sempre à beira-mar. Se vão à praia em casais é fácil ver como se distribuem: as mulheres à frente a comandar o caminho, que se estende numa linha recta por vários quilómetros. Os homens vão atrás, conseguem controlar os rabos das suas senhoras e podem virar a cara quando passam uns rabos melhores que os das suas senhoras. 
Os que vão sozinhos debatem-se com o creme protector que não conseguem colocar nas costas todas e que acabam mais vermelhos nessa zona do que em qualquer outra. Leem o que podem e trouxeram e  vão a banhos se não desconfiarem que o vizinho do lado lhes possa meter a mão à bolsa.
Os mais novos alternam os banhos de mar com os jogos de bola e raquetes. Elas, mais que eles estendem-se na toalha e orientam-na na direcção do sol, para que o bronze seja uniforme.
No final, o ritual de saída é comum. Levanta-se a tralha toda e faz-se a chamada dos piquenos entre gritos e ralhates que podem variar entre o 'vamos embora já' ou o 'vien ici mediatamente'.
Bota-se a tralha as costas, sacodem-se pés, calçam-se os chinelos e partem, para no dia seguinte o ritual de repetir, sem grandes variações e oscilações.