terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tenho um colega que me diz muitas vezes: deus mandou-nos ser bonzinhos, não nos mandou ser parvos. Eu rio-me sempre, porque sei que ele tem razão. Mas depois ponho-me a pensar na quantidade de vezes que estou a ser boazinha ou que poderei estar a ser parva. Tento ser a maioria das vezes boazinha, mas quando não sou, não sei se estarei a deixar de ser parva ou se estarei a ser má.

De qualquer maneira, ando a treinar (já há algum tempo) para ser menos boazinha, mais má e menos parva.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Mais uma voltinha

Bem, mais uma vez me inscrevi no ginásio (outro diferente, para variar um bocadinho), mas como vou com companhia espero que me consiga manter por mais meses do que o normal.

Temo que se não descarregasse energias de alguma maneira, mais cedo ou mais tarde iria rebentar. E como rebentar não é comigo, porque sei ser muito desagradável achei melhor canalizar energias para outro lado e tentar retirar de uma vez por todas este excesso de camada que tenho.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Disto das pessoas é coisa complicada

Isto das relações com as pessoas é coisa para ser para lá de complicado. Não sei se é desta crise, se as pessoas andam mais ansiosas, infelizes e esgotadas, que parece que revelam o pior que há nelas. Detesto decepcionar-me com quem quer que seja sobretudo a quem tenha dado um voto de confiança e que faça parte da minha vida. A primeira coisa que penso quando as atitudes começam a comichar-me é sempre: o que poderei ter feito errado. Sentimento de culpa. Como diz uma amiga minha nutricionista, vivemos numa sociedade religiosa-católica, portanto o sentimento de culpa está sempre lá. Até na nossa relação com a comida, diz ela. E tem razão. Mas adiante, faço sempre a pergunta a mim mesma. Depois falo com alguém para que me diga sinceramente se são coisas da minha cabeça ou não. Em não sendo, é pior porque afinal constato que as coisas são como são e são assim mesmo. E ando ali a remoer se será mesmo verdade que eu possa ter essa ideia das pessoas. E depois faço uma viagem no tempo e começo a somar tudo. Geralmente uma atitude nunca vem isolada e quando nos apercebemos é porque já temos uma coletânea de pequenos nadas que nos comicham, mas não nos tiram o sono. Depois há aquele dia em que ficamos mesmo irritadas e que se calhar tudo é como é e nós, que nem sempre temos que ter a culpa, ficamos a pensar que merda de mundo é este e que pessoas são estas que me rodeiam. 

O que levar daqui

Gostava mesmo de chegar ao final de janeiro do próximo ano, fazer as malas e viajar mundo e voltar daí a seis ou sete meses. Gostava mesmo. Não sei bem o que vou levar desta vida, mas temo chegar aos 70 anos e saber que podia ter feito tanta coisa que não fiz.

Sou rapariga para pensar numa vida convencional, com um estilo de vida convencional, mas eu não sou uma rapariga convencional e talvez seja por isso que não me acontecem as coisas convencionais. Aquelas coisas que acontecem a toda a gente e toda a gente é (supostamente) feliz com elas.

Preciso constantemente de mudanças, adoro fechar portas (ainda que me custe para caraças), adoro começar de novo (mesmo que com medo). O sabor igual à comida de todos os dias, as conversas sem sal, a rotina, o mais-do-mesmo, tiram-me do sério.

Não sei o que vou levar desta vida mas espero que possa olhar para trás e ficar feliz com o que levo.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O pior de nós

O pior de nós fica para nós, guardado naquele pedaço de alma que só nós conhecemos. Encarar o pior de nós é fazer aquela viagem tão difícil em que sabemos que depois de nós, existe o nós, aquele nós que tantas vezes desculpamos.

Detestaria ser perfeita, embora diariamente faça um julgamento das minhas ações. No final do dia, sou melhor do que pior. Privilegiados dos que continuarem a ter o melhor de mim. Aos outros, a esses, não lhes resta nada, ou muito pouco...