domingo, 28 de abril de 2013

Disto de ser feliz

Estava aqui a ver a série da Florbela Espanca, muito bem interpretada, diga-se de passagem, e eis que Florbela diz a António: quero ir-me embora, não pertenço mais aqui. Não sou feliz. Eis que ele pergunta: Mas o que te falta?

Até quando, pergunto eu, as pessoas vão achar que a felicidade se mede pela quantidade de coisas que se tem? É da essência que trata a felicidade. Tão somente da essência!

Fim-de-semana em palavras

Sábado. Sol. Vento. Brunch. Bolo de cenoura. Amigas. Conversa. Fotografias. Ovos mexidos. Lisboa. Café. Dinheiro. Projectos. Indignação. Conversas outra vez. Rio. Pessoas. Livros. Sítios. Descanso. Jantar. Vinhos. Morangos com chantilly. Conversas, sérias desta vez. Pipocas. Recados no frigorifico. Gargalhadas.
Beijos. Promessas. Saudades. Compromisso.

segunda-feira, 22 de abril de 2013



Não sou cá pessoa de dizer grandes asneiradas (no verdadeiro sentido das asneiras), mas reconheço que resolve grande parte  dos problemas. Não havendo nem tempo nem paciência para explicar as coisas a certas pessoas, um 'vai para o c....' é tudo. Ter-me-ia poupado grandes chatices e preocupações usar da expressão na altura certa.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Gostaria de não sofrer por antecipação, de não projetar o pior dos cenários e começar já a sofrer com o que poderá acontecer. Já tive provas de que nem sempre as coisas são tão más como parecem. Mas continuo a insistir no pior.

terça-feira, 16 de abril de 2013

As pessoas são estranhas, o facebook só comprova

Tumblr


Aqui há cerca de um mês mais ou menos, andava a sair com uma pessoa que tinha conhecido através do meu trabalho. Proporcionou-se  e almoçamos uma primeira vez, a coisa correu normalmente, a conversa rondou pelos assuntos banais, normais de quem acaba de se conhecer. 
Conversa puxa  conversa, acabámos por sair mais duas vezes para jantar e conversar e ver no que a coisa dava. À terceira vez eu já estava mais que convicta que amigos tudo muito bem, mais do que isso era impossível, aquela coisa da química, do tesão da vontade, não tinha crescido em mim. 
Percebi que da outra parte até havia abertura para tentar alguma coisa. Curioso que até os nossos planos de vida batiam certo e seria tudo lindo e maravilhoso, mas... não. A outra parte a determinada altura começou a cobrar, a tentar perceber porque é que não dava, de forma subtil dizia coisas nesse sentido e eu a tentar justificar as coisas o melhor que conseguia e podia. A outra parte desgostou que nada dava certo, que era infeliz, que as coisas corriam sempre mal, que ia ficar sozinho. Coisas assim à gaja, mas em modo homem-que-já-devia-ter-idade-para-ter-juízo. Ora se eu já estava convencida, rendi-me completamente à minha ideia inicial. Tudo o que não me faz falta agora é gajo que esperneia a sua falta de sorte. Bom, lá fomos à nossa vidinha, tudo normal, amigos(?) como sempre.
Passados cerca de 10 dias começo a ver no mural de facebook do querido mensagens de amor, de saudades, frases feitas, corações, abraços e tudo o mais. A outra parte encontrou imediatamente a seguir a sua outra parte, de nome igual ao meu (ahahaha) e não se coíbem a uma carpição amorosa de fazer chorar as pedras da calçada. 
Ora, fico contente sim senhor, afinal parece que as coisas acontecem, mas querido... menos! Há coisas que o resto do mundo não precisa de saber. E mais, a avaliar a velocidade com que apanhas as oportunidades, vê lá não te espetes a valer. Mas enfim, há de facto gente cheia de amor para dar, a quem quer que seja...

terça-feira, 9 de abril de 2013

Cada peru a seu Natal

Vive-se numa bolha, numa redoma, num circulo fechado de interesses pessoais. Vive-se tão pequeno, onde só se chega ao que os olhos alcançam. Vive-se num perfeito, mas fingido isolamento, em que o umbigo se torna o centro do universo (do deles, mas eles acham que pode ser o centro do mundo todo, porque os olhos deles só alcançam o umbigo deles e por consequência o umbigo deles passa a ser o umbigo do mundo).
Vive-se numa falsa cordialidade com o vizinho do lado, com as pessoas pobres, com os seres carentes. Dá-se, sem qualquer modéstia uma palmadinha nas costas e lamenta-se muito. Lamenta-se sempre que está pior. Afinal, com a dor de corno dos outros eu aguento bem. Não se aguenta é com a própria dor de corno. E aí, aí sim faz-se alguma coisa para mudar, para tentar ser diferente, para encetar uma nova forma de luta! Desenganem-se! Não se faz nada! A luta esgota-se naquilo que as pessoas umbiguistas têm a ousadia de fazer: conversas de café, treinamentos de bancada, culambismo sem precedentes. Afinal é o seu umbigo que têm que proteger. Não se importam de dar o cu todos os dias da sua vida. Não podem nunca é dar a cara. Isso seria ousadia a mais!
A este tipo de gente, a estas pessoinhas (que até o inhas parece grande demais) guardo-lhes a fé que chegue o seu Natal e que sejam o peru mais recheado!

domingo, 7 de abril de 2013

Querido domingo,

A semana que passou foi tão grande e tão intensa e tão trabalhosa que hoje usufrui-te só para descansar e mesmo assim soube-me a pouco. Ontem não parei em casa e felizmente o sol acabou por me fornecer a vitamina D e a quelas coisas boas que diz que faz bem ao humor e tal.
Estive rodeada de amigos o dia todo, pelas mais diversas razões, mas todas elas válidas para nos mostrar quem realmente importa. Acabei por me deitar tarde e acordar hoje já tu ias a meio.
Sentei-me agora para te escrever e dizer que hoje gosto de ti. Não vou ter tempo para te dizer mais nada porque entretanto vou sair para jantar e quando voltar só quero mesmo dormir. Continuo cheia de sono e com uma moleza do caraças, mas tenho tempo para isso.

Fui.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Mais, muito mais

Mais do que o tesão de uma boa cama, mais do que o galanteio que nos enche o ego, mais do que o arrepio do cheiro do perfume, é o tesão intelectual. É aquela contra-resposta rápida, o argumento certeiro, o conselho que deita por terra as tuas verdades, a mensagem surpreendente, o discurso que não emprega clichés, os conhecimentos dados sem presunção.
Só assim me levam. Por azar tenho-me cruzado mais com os primeiros do que com os segundos. E volto à casa de partida...
Estou muito pouco tolerante a piadinhas acerca da minha condição profissional quando me preocupa seriamente como vou pagar contas daqui a poucos meses. Aliás, estou muito pouco tolerante face a uma série de coisas. Já disse aqui o quanto odeio injustiças não já?
Depois não se admirem.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Crónica de final de mês - Março

Findando o mês de Março acresce dizer que fiquei mais velha e se a idade não me pesa nem me custa, não posso dizer o mesmo do envelhecimento. Tenho medo de envelhecer e nem é tanto pelas rugas na cara, mas é pelas rugas no caminho. Tenho sobretudo medo que ver o tempo a passar e não o estar a aproveitar da melhor maneira que se possa.
Tenho medo de não estar o tempo suficiente com as pessoas que gosto. Tenho medo de estar demasiado preocupada com coisas que não me acrescentam nada. Tenho medo de não concretizar nada do que planeei para mim. Tenho medo de acreditar que falta muito de sentido a esta passagem. Tenho medo de enfrentar lutas que me sejam infrutíferas. Tenho medo de não arriscar mais, de fazer mais. Às vezes tenho tanto medo que acabo por ficar imobilizada, de tal modo que respirar é quase um desafio.
E tenho medo que esta seja a única mensagem que esteja a passar.
Por outro lado, há sempre uma possibilidade, uma porta aberta, uma janela mal fechada. E acho que é por aqui que vou entrar. Que vou ousar entrar. E espero que valha a pena!