quarta-feira, 26 de junho de 2013

É andando para trás que se faz o caminho. Só tenho que acreditar que um passo atrás, serão depois dois ou três para a frente. Não está a ser fácil, mas tudo se faz.

domingo, 23 de junho de 2013

Livros do ano #8


Depois de 'não me contes o fim', volto aos clássicos.
Comecei este hoje. Existam sempre livros para ler que sou pessoa para ser feliz!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

domingo, 16 de junho de 2013

Das possibilidades

Tenho por hábito ter pássaros. É o único animal de estimação que tenho. Às vezes olho para ele e tenho pena de o ver ali fechado na gaiola durante toda a sua vida. Ele não saberia viver de outra maneira porque nunca lhe foi mostrado isso. Está habituado a ter comida, água e um espaço dele. Digamos que não precisa de mais para viver, mas vive enclausurado. Quando lhe limpo a gaiola, deixo muitas vezes a porta aberta. Nunca, por momento algum ele se mexeu para sair, mesmo eu ficando a olhar para ver se ele sai. 

Quanto estou a limpar a gaiola dele revejo-me naquela vida, naquela modo de vida. Quantos de nós, aprisionados àquilo que achamos ser suficiente para viver, acabamos limitados numa gaiola que nos fornece o básico, o essencial, o que achamos que é suficiente? Quando nos abrem as portas para que possamos sair e ver novas perspectivas nem consideramos essa possibilidade. Não sabemos o que está do lado de lá. E o lado de lá pode bem ser pior do que aquele que já conhecemos. Ou não! Ou não! Mais dia, menos dia passo-me para o lado de lá. 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

run! | via Tumblr

Estou a precisar urgentemente de mudar o rumo da minha vida, em todos os aspectos e nem sei por onde hei-de começar. Olho para o modo como estou a passar, ou a deixar passar a década mais importante e vejo-a passar por mim como se eu fosse uma mera espectadora. O trabalho que nunca foi estável, está agora mais instável que nunca. As minhas amigas solteiras e ramboeiras estão emigradas. Os meus amigos de cá têm a sua vida, que já pouco têm a ver com a minha. Por mais boa vontade que haja, as coisas não podem nunca voltar a ser como dantes. Os relacionamentos são um fracasso o que permite que não consiga superar as coisas como seria suposto. Penso constantemente se o meu lugar será aqui ou se seria mais feliz num outro qualquer lugar. Sinto muitas vezes que já não pertenço aqui, que este espaço que foi tanto meu, já deixou de o ser. Perdi um bocado o rumo das coisas e dos objectivos que tive sempre presentes. Preciso urgentemente de começar de novo, um novo emprego, arranjar novos amigos, novos interesses. O problema é que nem sei por onde começar nem para onde me virar. É como se me sentisse dentro de uma gaiola e só tivesse espaço para voar dentre daquelas grades. Queria e precisava tanto de um desprendimento, de fazer as malas e sair daqui e de ter um bocadinho que fosse de sorte. Só um bocadinho para me permitir andar para a frente.

domingo, 9 de junho de 2013

Há três dias que a minha vida é dormir, comer, cozinhar (céus, tenho feito tanta comida. Duas dúzias de rissóis, pudins, assados...), ler, ver televisão e pensar na vida. O melhor que se aproveita daqui é mesmo a leitura, se bem que os cozinhados não estão maus.

sábado, 8 de junho de 2013

A culpa é da Cinderela e da Branca-de-Neve e dos finais viveram felizes para sempre



Educam-nos desde pequeninos que os meninos vestem azul e as meninas cor-de-rosa. Que os meninos gostam de futebol e carros e Legos e as meninas gostam de Barbies e Nenucos. Aos meninos deixem-nos chegar a casa sujos e rotos, mas às meninas pede-se que sejam femininas e limpas e direitinhas. Entretanto leem-lhes as historinhas da Cinderela e da Branca de Neve e impigem-nos a infiel ideia que basta esperarmos pelo dia em que seremos salvas pelo príncipe num cavalo branco que nos acorda de um sono profundo porque uma cabra nos deu uma maçã envenenada. No final das histórias acaba-se sempre com um 'viveram felizes para sempre'. Nunca ninguém se lembra que essas fantasias ficam presas no inconsciente das crianças, mais das meninas do que nos meninos. Basta ver que nenhum menino quando cresce, fala na ideia de ir salvar uma princesa, montado num cavalo branco e tratá-la como tal o resto da vida.
Por isso, quando os anos passam começamos a entrar num delírio crescente porque afinal não existe o príncipe, nem o cavalo e muito menos chegará alguém para nos salvar, pese embora nos tenhamos cruzado com uma data de putas que nos ofereceram maçãs envenenadas.
Ora se vivemos numa época em que a letra do pau ao gato foi alterada porque não é nada pedagógico atirar um pau ao gato e afinal ele nem sequer morreu, por que raio não reinventam as histórias infantis de modo a que as princesas salvem os príncipes e que discutam com eles e mostrem que eles ficam gordos a barrigudos e que elas com as mamas descaídas e a felicidade dura apenas o que tem que durar. E mais, que reinventem histórias de princesas que decidiram não ter qualquer príncipe porque ele se perdeu pelo caminho e não nos encontrou e que ainda assim estas princesas são também felizes. Não se admirem que as pessoas se sintam umas autênticas fracassadas por causa destas historinhas que nos ficam cá guardadas num sitio recôndito do cérebro e que nos martelam à noite quando dormimos e nos vêm dizer: tu não serás uma princesa. Portanto gente entendida em psicologias e afins, façam lá um esforço para mudar isto porque futuramente podemos evitar muitos anti-depressivos e ansiolíticos e crises de ansiedade, ok?

Livros do ano #6


Comecei este hoje. Ainda não consegui parar de ler. 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Ficou a faltar

Faltou-nos ver Paris inteiro e Nova Iorque e todas as cidades do mundo. Faltou-nos o acordar de manhã. Faltou-nos o pequeno almoço na cama e as leituras partilhadas. Faltou-nos descobrir o pior um do outro. Faltou-nos uma discussão, a derradeira discussão. Faltou-nos as pazes, as inevitáveis pazes. Faltou-nos as boleias para o trabalho. Faltou-nos a divisão das contas. Faltou-nos a sucessão dos dias e das horas. Faltou-nos as saudades do tempo perdido. Faltou-nos os pensamentos parvos. Faltou-nos a oportunidade. Faltou-nos a ousadia. Creio que nos faltou tudo, a bem dizer. Não sei como será o resto dos meus dias com estas faltas todas...

terça-feira, 4 de junho de 2013

Toda a gente precisa de ser salva, mas não a qualquer custo

Nunca entendi a presunção masculina de que qualquer mulher precisa de ser salva. Acho que a ideologia do cavalo branco e do príncipe encantado perdura na nossa (deles) imaginação.
Fartei-me de rir com uma amiga minha quando este me contava que um dos motivos pelos quais o moço se iria afastar é porque sabia que ela precisava de amor, carinho a atenção. E, quando envolvidos, ela iria sofrer.
Como? - respondeu ela, indignada.
Ora bem, estamos a falar de uma mulher super independente, paga as suas contas, tem um ótimo emprego, mas não tem um homem. E não tendo um homem, parte-se do principio que ela necessita de um urgentemente.
E não digo que não precise, mas certamente que não será um que fuja a sete pés porque acha (ahahahah) que o que ela precisa é de atenção, quando ela, a precisar de atenção, seria apenas num certo sentido.
Portanto caríssimos, às vezes as mulheres também se comportam como homens e só querem uma noite bem passada e depois disso amigos como sempre. Será isto tão difícil de entender?

domingo, 2 de junho de 2013

We accept the love we thing we deserve

24440_566685880030477_1674787430_n_large

Cada um de nós aceitará sempre o amor que acha que merece. Quando me coloco esta questão nunca sei responder se acho que mereço de mais ou de menos, contando pelo número(más) de experiências acumuladas.

sábado, 1 de junho de 2013

Kátia Maria foi embora. Regressou às origens, ao país dela, à vida dela.
Hoje acordei e senti um vazio, já com saudades dela, da companhia dela, e das gargalhadas que partilhámos. Assim que deixamos de estar sozinhas e de nos sentirmos sozinhas apercebemo-nos a tremenda falta que as pessoas fazem na nossa vida.
Gosto da Kátia porque ela não pergunta se pode cá vir jantar. Ela manda sms a dizer Vou aí jantar. Vou sentar no teu sofá terapêutico. E aparece. E durante este tempo, muitos foram os dias em que, depois de um dia exausto de trabalho, acabávamos a jantar juntas e a conversar um bocado.
Assim que percebemos que os serões serão de novo sozinhos, percebemos a falta que nos faz uma boa companhia, um jantar partilhado, meia dúzia de desabafos. Já não falo das visitas a exposições, dos cafés de domingo, das saídas para dançar.
É difícil, cada vez mais difícil encontrar gente com quem se possa fazer tudo, ou não fazer nada e ainda assim passar um bom bocado.

Boa viagem amiga.
Cá te espero lá para o fim do ano!