segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Talvez não chegarás a tempo

Talvez não chegarás a tempo. Porque o meu tempo é muito diferente do teu, tão diferente. Talvez não chegarás a tempo de me ver sorrir todos os dias, de saberes como sou ao acordar, de me veres despenteada e com a preguiça de domingo. Talvez não chegarás a tempo de discutir comigo, de fazer as pazes, de brindar os meus sucessos. Talvez não chegarás a tempo, porque o meu tempo não será nunca o teu. Não te importes. Alguém chegará antes de ti.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Em modo despedida de 2012... mais do mesmo

Por alturas do mês de Dezembro costumo ter sempre uma previsão, uma ideia de como será o próximo ano.
Mais por desejo do que por convicção, é certo. A mudança de ano não vai mudar absolutamente nada. Sei que depois de amanhã os meus problemas, as minhas questões as minhas aspirações vão ser exactamente as mesmas, mas um novo ano traz sempre novas possibilidades e é por isso que eu gosto dele. Pela página em branco, pelo livro por ler, pelo desconhecido.
Então, a dois dias de 2013 só quero reconhecer-me novamente. Acreditar novamente. Fazer mais e melhor. Deixar para trás um caminho que não é meu. Ser mais solidária. Rir mais, tão mais. Viajar mais. Sair de mim, olhar para mim, ter saudades minhas e voltar para mim de novo. E isso basta-me.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Ai, fim d'ano, fim d'ano

Faltam três dias para 2013. E estou desejosa de ver este ano pelas costas. Mas para 2013 não há cá planos, não há cá traçar objectivos nem metas nem o caraças. É deixar fluir, ver no que dá.
Os únicos planos que tenho em mente são apenas possibilidades. Mas fico contente que elas existam. Raramente os meus planos foram concretizados. A minha vida tem sido mais uma sucessão de planos B. Agora deixei-me de planos e optei pelas possibilidades.
Não temo por aí além o próximo ano. Já lhe antecederam o 2011 e 2012 e eu sobrevivi.
Para 2013 só quero paz, serenidade e sabedoria para saber decidir.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Qu' isto já passou

Já cá não venho escrever nada há muito tempo. Deve ter sido o mês mais pobre na minha escrita, mas confesso que nem dei por este mês passar por mim.
Não vim aqui postar fotos de natal nem boas festas nem nada porque sinceramente, e para quem me conhece, esta fase para mim só é boa porque dura pouco. Não gosto do Natal. Ponto.
Portanto, agora que já acabou já me posso dedicar a escrevinhar qualquer coisa, embora não tenha nada ou quase nada para dizer. Resta-me deixar aqui a mensagem que sobrevivi a mais um natal, a shoppings a abarrotar de gente, a campanhas natalícias e de solidariedade, a enfeites e renas, a presépios e luzes, etc etc etc.
I'm back! ;)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Se tiveres saudades, mata-as

Se tiveres saudades, mata-as. Mas mata-as de uma morte inevitável. Mata-as sem me procurares, sem quereres saber. Mata-as no sentido de as fazeres desaparecer para que não voltem, para que não ressuscitem. Mata-as para que não as possas associar nunca mais a mim. Porque é triste que afinal, no fim do caminho, a única coisa que tenha sobrado, são mesmo as saudades.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Desde quando deixámos de nos preocupar?

Não sei desde quando nos deixámos de preocupar ou se alguma vez nos preocupámos francamente com alguma coisa. Não creio.
Vivemos com pressa de viver. Vê-se no trânsito, vê-se na fila do supermercado, vê-se na agonia que transportamos quando corremos para algum lado, nem sabemos bem para onde. Porque aquilo que passou a interessar a cada um de nós é o caminho que teremos que percorrer. O resto, tudo o resto são pormenores.
As dores dos outros serão sempre deles, e será talvez a única coisa que não cobiçamos. A fome dos outros,      as insónias dos outros, as lágrimas dos outros, são deles mesmos. A nós não nos toca porque para nós as nossas dores serão sempre maiores.
E eis que, andando sempre tão entretidos com os seus planos, com as suas coisas, com o seu umbigo, esquecem-se de se preocupar com os outros, porque estes já não interessam.
Mais que esta evidência custa-me a apatia. Sempre me custou a resignação dos factos, esse optimismo mascarado com que se encara tudo para não ter que se encarar nada. Dói-me na alma e no resto do corpo.
E gabo, gabo muito a arrogância de quem fala sem saber, de quem argumenta sem sentir, de quem crítica sem padecer.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Não se nasce para errar

Não sei onde li, onde ouvi, ou sequer com quem falei, mas tenho feito um esforço para me lembrar da conversa e do contexto, onde se dizia que nós não somos feitos para errar. Que quem diz que errar é humano está muito bem enganado. Nós somos feitos para a acertar, uma, duas e outra vez. O erro é inesperado, não contávamos com ele, mas existe certamente para que não voltemos a errar.
Se há coisa todos têm e deveriam fazer uso, é de um pedaço de massa cinzenta que serve para pensar e raciocinar. Ora, se o usarmos com frequência, a nossa probabilidade de erro diminui.
Não sempre, mas muitas vezes.

Zapping

Sou viciada em fazer zapping, tanto na tv como na rádio. Até no silêncio faço zapping.
Só posso concluir que muito raramente estou bem onde estou.

Tardes livres

Hoje tenho a tarde livre, coisa rara desde há muito tempo. Tinha planeado ir às compras de Natal, as poucas que vou comprar este ano. Entretanto tenho o frigorífico estragado e o carro a arranjar. Pouco ou nenhum dinheiro para gastar. O técnico vai lá a casa ver o que se passa.Vou acabar por ficar em casa a fazer limpezas e a trabalhar.
Plano para quê? Saem sempre furados.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Aquela tristeza

Aquela tristeza que te acompanha dia após dia, mas que de vez em quando se afasta para que possas acreditar, pelo menos um bocadinho que és e podes ser feliz. Aquela tristeza que entra por ti e dás contigo a abrir muito os olhos só para que as lágrimas nem coragem tenham de sair, mas sabes que vão sair. Aquela tristeza que  te invade e te transporta para aqueles sítios que já não eram teus. Aquela tristeza, que não pede licença, nem bate de mansinho, porque isso é para fraquinhos e tu sabes que és forte para aguentares com ela. Aquela tristeza que te faz perder o sentido das coisas e te faz acreditar que faças o que fizeres, tudo será em vão porque ela será sempre, na maioria das tuas sombras, a tua maior companheira. Aquela que nunca te vai desiludir, porque te presenteia sempre com aquilo que de pior tem.