sábado, 15 de fevereiro de 2014

Quando um dia decidi escrever um blog escrevi-o por duas necessidades: a de simplesmente escrever e a de me sentir menos sozinha. Consegui realizar as duas, escrevia quando me apetecia e sentia-me de certa maneira menos sozinha.

Ultimamente tenho escrito menos. Já pouco tenho para dizer. Tenho uma dificuldade enorme em falar de mim e portanto escrever sobre mim e o que me acontece é tremendamente difícil.

Olho para alguns destes textos e sei em que momento da vida estava e como me sentia. Não pelos melhores motivos, mas estes últimos dois ou três anos terão sido os de maior descoberta para mim. O tempo que passei comigo, a pensar comigo, a sonhar comigo, a namorar comigo, fizeram com que hoje saiba perfeitamente quem eu sou e, sabendo que ainda me vou surpreender, hoje sei melhor que ontem como lidar com o meu melhor e o meu pior.

As marcas que fiquei com estas descobertas, estou a trabalhá-las agora. Porque preciso de as trabalhar e porque não sabia que as tinha. Porque enfrento desafios novos e porque para além de mim nunca ninguém terá mais consideração por estas marcas que eu própria.

Voltarei aqui sempre que me sentir inspirada, com vontade de dizer coisas. Se conseguir voltar a dizer coisas será tanto melhor. Este espaço será sempre tão meu...

domingo, 12 de janeiro de 2014

Acordo com um peso no peito e uma sensação que não não tinha há vários meses, de angústia e tristeza. Levanto-me e abro o computador para escrever e exorcizar porque não quero que isto fique cá, quero que desapareça outra vez.
Os meus momentos de paz acontecem quando genuinamente ma desapego das coisas e as sensações que são nocivas. E se me desfiz quase totalmente da culpa de as sentir, parece que entretanto tudo volta a mim como se nunca tivesse desaparecido. Falar nelas e lembrar o modo como me senti faz com que volte ao passado a velocidade relâmpago e perceba claramente que nada será como antigamente. E quando me confronto com isto lembro-me de toda a minha vida e ganho a consciência e a certeza cada vez maior de que nada será mesmo como antigamente.
Tudo muda e afinal tudo se mantém na mesma. E eu continuo a valorizar as mesmas coisas que me puseram e poem para baixo. E detesto sentir-me assim. Outra vez.

Livros do ano #1#


Primeira leitura no ano. Nunca li nada do autor. Ontem, após ter deambulado pela FNAC de um lado para outro, peguei neste, li a contracapa e sem pensar muito trouxe-o. 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Tenho vindo aqui pouco, tenho pouco para dizer. Porque agora a vida até vai correndo bem, porque divido este espaço com outro, porque às vezes tenho coisas para dizer mas não tenho o pc à frente, porque às vezes tenho o pc à frente e não tenho nada para escrever, porque, porque.....
Mas estou viva, e bem, e recomendo-me!

sábado, 2 de novembro de 2013

Das coisas que me assustam

Consumimos pessoas como consumimos tudo o resto nas nossas vidas. Se vamos a passar numa loja que tem qualquer coisa, cuja utilidade até seja questionável, mas o preço é aliciante, acabamos por comprar, por adquirir, porque isso nos conforta.
O mesmo acontece com as pessoas. Consumimo-las porque nos dá jeito, porque gostamos delas e porque gostamos do que elas despertam em nós. No fundo, é nos outros que buscamos aquilo que nos preenche. Depois aparece sempre alguém que nos dá mais jeito, que nos faz sentir melhor, de quem precisamos. E procedemos à troca.
Nisto da maturidade, aprendi que toda a gente é perfeitamente substituível, basta que as escolhas recaiam sobre o que nos convém. Isto assusta-me. Deveras.