sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Da minha casa

As últimas coisas a sair da minha casa foram as minhas plantas e eu. Depois de três anos certinhos naquela casa, acabei por ter que a deixar, por força das circunstâncias. Não olhei muito para ela quando fechei a porta, mas sei que chorei dias a fio antes de fazer a mudança. Acordava por volta das 6 da manhã, sem conseguir dormir mais e chorava por todas as memórias que iria deixar ali guardadas, por todas as rotinas que acabei de abandonar. Aquela casa foi a minha casa durante três anos e nela guardo momentos muito bons e momentos menos bons.
Não sei se essa angústia se devia à casa em si, mas às memórias que dela guardo e de todos os momentos em que ri e chorei com pessoas que são e outras que foram muito importantes para mim. Sei que no dia que fechei aquela porta não o fiz apenas em sentido físico, mas num sentido muito mais profundo. E sei que quando fecho uma porta, não olho mais para trás. Vou e pronto. E sei que assim que fecho uma porta raramente vou abri-la de novo, mesmo que agora me fosse possível voltar.
As recordações ficam comigo, não as apago com a facilidade que fecho uma porta, mas até essas se vão dissipando com o tempo e espero reter dali as únicas que merecem ser retidas: as melhores de sempre. Todas as outras vão fazer parte do meu percurso e servirão para eu me lembrar do que fui em determinadas alturas e que espero não voltar a ser. Sei que a casa para onde vou voltar em breve terá sempre a porta aberta, mas não para todas as pessoas e tampouco da mesma forma.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Livros do ano #9


Quando nestas férias encaixotei as minhas coisas todas por causa da mudança de casa, o único livro que me tinha sobrado para ler nas férias era As intermitências da morte, de Saramago. Ora como não estava com vontade de ler Saramago nas férias, decidi comprar na Fnac do Porto a Madame Bovary, para ler. Já o terminei e só me resta comentar que esta Emma, ó filha, tu pões qualquer um com os cabelos arreganhados! E como se  não bastasse, levaste contigo toda a gente para a cova! Não era preciso tanto!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Estes meus dias de ausência tinham tudo para serem perfeitos e de facto foram. Numa viagem combinada em cima da hora, com os sítios marcados em cima do joelho, as minhas férias foram simplesmente fantásticas.
Com o mapa de estradas no carro e o depósito cheio, descobrem-se maravilhas por esse Portugal fora. Optando pelo norte do país, que é mais sossegado e barato, a viagem seguiu o rumo que quisemos e apesar das horas de viagem de carro, fizemos tudo o que nos apeteceu e sobretudo cumprimos o objectivo que era relaxar a cabeça e o corpo.
As pousadas da juventude estão cada vez melhores (autênticos hotéis) e as pessoas de uma simpatia que já me esquecia que havia.
A minha companheira de viagem também ajudou a que tudo corresse muito bem. Apesar de não nos conhecermos muito bem (só mesmo do local de trabalho) entramos numa sintonia porreira, sem stresses e sem cobranças. O tempo era tão longo ou tão curto que me esqueci das horas e dos dia da semana. A única coisa que tínhamos que decidir era se nos apetecia ficar ou partir.
E a  única coisa que me apeteceu assim que cheguei a casa, foi partir novamente. A minha casa é por aí, sem um pouso certo.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

So far so very good

Gostava de poder escrever mais e melhor sobre asminhas férias, mas infelizmente não atino com estas novas tecnologias e portanto pasei só para dizer que está tudo mais que bom, que estou viva e feliz.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Hit the road

Já tenho o meu plano de férias. O cartão das pousadas da juventude chegou e com sorte consegui lugar em todas em quarto duplo (para mim e para a minha companheira de viagem). Assim, vou sair de Lisboa em direcção a Aveiro. Depois subo e vou até ao Porto, que é uma cidade que gosto imenso e já lá não vou há muito tempo. Do Porto sigo para Guimarães (já fui muito feliz em Guimarães, já agora). De Guimarães parto para Braga e acabo no Gerês. Ora portanto são seis noites e sete dias a viajar pelo norte, cada noite num sítio diferente. O tempo acho que também vai ajudar e estou contanto os dias (só faltam dois, também já não falta tudo).