sábado, 25 de maio de 2013

Será possível encontrarmos, algum dia, o verdadeiro sentido das coisas?

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Há dias falava com uma amiga emigrada no Brasil sobre a vida, o sentido da vida, o nosso sítio e as vidas certas. Haverá, eventualmente, um momento na nossa vida que que sentimos que os astros estão tão intimamente ligados e alinhados que tudo fará sentido?
O meu lado céptico da questão acha que só num nível existencial superior conseguimos entender os desígnios do universo, sejam eles quais forem, com a serenidade que é suposta. 
Questiono-me muitas vezes se este será o meu sítio certo, a profissão certa, as coisas certas. A maioria das vezes acho que não, porque se fosse não estaria constantemente a procurar o sentido. Mas não será possível também, que na falta de sentido, as coisas possam fazer sentido?
Às vezes pondero se a vida que eu idealizo seria a vida que eu realmente desejo ou se o reflexo da vida dos outros transforma a minha vida numa coisa mais simplória e menor. Comparativamente vou estando aquém da realidade da vida dos outros, porque os caminhos, as escolhas e as oportunidades foram diferentes. À medida que o tempo passa começo a perceber que as realidades que eram tão minhas, progressivamente vão deixar de ser, porque as realidades são tão opostas que, embora se cruzem, tendencialmente vão deixar de se tocar.
Serei eu, que pela falta do meu plano A, com a falha redonda dos projectos que idealizei serem totalmente ao lado daquilo que vivo actualmente? Será porque aquilo que eu queria da vida não será o que a vida quer de mim? 
O meu medo, o meu único medo que me assola nos primeiros minutos de casa dia em que acordo, é que quando eu perceber tudo isto, seja já tarde demais. 

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